Q uando o PSD ganha por métodos nada limpos, como perseguir gente na constituição de listas da oposição, de criar mentiras sobre rendimentos e reformas, quando vai a casa para obrigar a votar no PSD de lista de benesses na mão, etc, a vitória é um ato de heroísmo, estão alegres e em tom jocoso com os perdedores impondo a sua grandeza baseada em trafulhice.
Quando o mesmo partido perde, a azia é muita, os mesmos métodos aplicados contra si são de baixa política, o sentido de sentença passa a ser outro com toda uma teoria não praticada de ética, moral e bons costumes democráticos. A azia é tal que gente que ainda nem tomou posse já tem defeitos de governação. Parece que a estratégia é sujar para que quando se descubram os esquemas da câmara sejam encarados como divulgação de gente sem ética, moral e bons costumes.
É assim que a política cansa, percebemos que deixou de existir gente com categoria ao serviço do bem público, antes temos gente à procura de emprego, de um adicional ao vencimento, de poder para manobrar a seu favor.
São Vicente é o segundo concelho menos populoso da Madeira, mas pelo ruído parece o primeiro, abafa todos os outros, porque de um lado temos populistas e do outro gente com azia e mau perder, gente cheia de medo pelo que vem a seguir. Nestes tempo vemos como aqueles que distribuem conselho e calma quando estão bem, enfurecem e andam loucos, muito pior que o cidadão comum que pena no meio desta política.
A frustração reside na constatação de que o ciclo vicioso da "baixa política" se alimenta de si mesmo. As táticas desonestas do passado, que garantiram vitórias com base em benefícios e medo, tornam-se o espelho para a oposição derrotada, que agora se vê no papel do poder. Este fenómeno de inversão de papéis mantém uma agressividade destrutiva, desvia o foco do que realmente importa: a gestão da coisa pública. Em vez de se discutir o planeamento urbanístico, o ambiente, o futuro das gerações mais novas, a sustentabilidade económica ou a qualidade dos serviços básicos do concelho, o debate é sequestrado por picardias pessoais e acusações de má-fé, criando uma névoa de toxicidade que impede o avanço da comunidade. O política não serve o bem público, é uma briga de gangues. Este teatro de ressentimentos e vinganças políticas tem um custo elevado para a própria democracia local: divide as pessoas. Aina há munícipes que veem um confronto onde ninguém está limpo, e o resultado é uma erosão contínua da confiança nas instituições e nos políticos, independentemente do seu quadrante.
Assim, o concelho, que é um dos menos populosos da Madeira, torna-se um palco de distração regional. O barulho gerado em São Vicente, a terra da azia e da azáfama populista, serve como uma cortina de fumo que abafa as verdadeiras necessidades e problemas dos outros concelhos e da própria Região Autónoma.
Estamos envolvidos nesta política medíocre numa população madeirense que definha.