O Marítimo empurrado para os criminosos


T ive acesso ao artigo do Correio da Manhã (domingo, 19 de outubro de 2025) e aborda uma investigação sobre investidores ligados ao Marítimo que estão a ser investigados no Brasil por suspeitas de ligação ao PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das maiores organizações criminosas brasileiras. Acho que todos devem ler, vai o recorte.

No entanto o que se tira daqui?

  • As autoridades brasileiras estão a investigar empresários que pretendem adquirir 40% da SAD do Marítimo, suspeitos de envolvimento em branqueamento de capitais e ligação ao PCC.
  • O empresário Luís Davantel, que intermediou o negócio, também é investigado e demitiu-se da empresa Reeve, que estava por trás da compra.
  • O principal alvo da investigação é João Carlos Mansur, presidente da Reeve, acusado de ter ligações financeiras suspeitas com o grupo criminoso.
  • O negócio entre o Marítimo e a Reeve previa um investimento inicial de 4,125 milhões de euros, com possibilidade de aumento da participação até 51% da SAD.
  • O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal brasileira acreditam que o investimento teria origem em fontes ilícitas ligadas ao tráfico de drogas e branqueamento de dinheiro.
  • A CVM (Comissão de Valores Mobiliários do Brasil) também está a investigar as operações financeiras da Reeve.

Em Portugal, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) ainda não aprovou o registo da entrada da Reeve na estrutura acionista do Marítimo, aguardando informações complementares.

A minhas ilações ...

  • O negócio do Marítimo está em risco sério.
  • As suspeitas de ligação ao crime organizado e branqueamento de capitais colocam em causa a legitimidade da entrada da Reeve na SAD.
  • Risco de danos reputacionais para o clube.
  • O Marítimo pode enfrentar consequências desportivas e institucionais, além de perda de confiança de adeptos, patrocinadores e autoridades.
  • A Reeve parece estar a desmoronar-se internamente.
  • Com a demissão de Luís Davantel e a investigação sobre João Carlos Mansur, o grupo pode não ter condições de prosseguir com o investimento.
  • As autoridades portuguesas (IPDJ) estão a agir com prudência, não validando o negócio até à clarificação total da origem dos fundos.
  • Politicamente e financeiramente, o caso pode abalar a gestão do Marítimo.
  • O envolvimento com investidores sob suspeita criminal pode originar intervenções da Liga, da FPF e até investigações em Portugal.
Portanto, até no desporto o Governo Regional empurra a subsistência dos clubes madeirenses de futebol profissional para o crime, por necessidade de financiamento. Das duas uma, ou apoia desportos com adesão popular ou redimensionamos os clubes para a nossa dimensão, acabando com o empolar de "tamanho" de um povo com problemas de complexo de inferioridade. Porque há outras prioridades não atendidas. Este Governo Regional está sempre perto do ilícito, do crime e da corrupção. Mais do que o clube!