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O Governo infraestrutura os "greens" para o negócio das imobiliárias, garante obras e ainda realiza o evento no Savoy Palace. Um Governo dedicado aos amigos que despreza os madeirenses no social.
O entusiasmo demonstrado pela realização da Golf Business Conference – Driving Change na Madeira, reunindo cerca de 250 profissionais internacionais no luxuoso Savoy Palace, reflete inegavelmente a dinâmica de um setor de nicho com peso no turismo residencial e imobiliário.
No entanto, a retórica de crescimento e transformação que impulsiona a modalidade é ofuscada por uma verdade social gritante: a prioridade dada aos 5+1 campos de golfe numa ilha de dimensão limitada, contrasta dolorosamente com a escassez de respostas para os mais vulneráveis.
Precisamos de um Presidente do Governo Regional que seja exemplo, não este que degrada a sociedade. Precisamos da conversão da paixão em propósito social. Imaginemos, por um momento, converter este mesmo entusiasmo, investimento, e capacidade de mobilização do setor do golfe para as necessidades sociais mais urgentes. Em vez de debater a fidelização de jogadores ou a experiência no campo, a Madeira poderia, com o mesmo foco e profissionalismo, acolher a "Conferência Social – Liderar a Transformação na Dependência".
Tema Central: o perfil do novo utente dependente, as estratégias de fidelização de cuidadores e as tendências globais na gestão de infraestruturas sociais.
Investimento Convertido: que a análise do “Impacto da Indústria do Golfe em Portugal através do Turismo Residencial e do Mercado Imobiliário” pela NOVA SBE fosse substituída pela apresentação do “Estudo sobre o Custo Social da Falta de Lares e os Impactos no Sistema de Saúde Regional”.
O local da conferência, o Savoy Palace, mais do que um hotel, torna-se um símbolo das prioridades. É um dos grandes beneficiados das políticas regionais, recebendo a infraestrutura, o imobiliário, as obras e os grandes eventos, numa clara demonstração de um circuito fechado de apoio a "clientelas e amigos do poder".
Em vez disso, a "Conferência Social" deveria realizar-se num espaço que simbolizasse a verdadeira urgência, nunca na Igreja casada com o poder, mas talvez hospital Nélio Mendonça com altas problemáticas que os sistema não dá resposta mas que o poder diz serem os familiares a abandonar. NÃO! O sistema não funciona e tornaram as pessoas pobres sem capacidade de resposta. No hospital Nélio Mendonça futuro local de adaptação a um lar, até para acabar com o salivar dos amigos de Albuquerque para mais um hotel.
A escolha da Madeira para acolher um evento internacional deve refletir o "profissionalismo dos empresários do setor" em demonstrar as melhores práticas – e a melhor prática, hoje, é o investimento social, longe dos mercantilistas de mais um monopólio a crescer ao abrigo do PSD/GR na Madeira.
O verdadeiro sucesso de uma região não se mede pelo número de buracos de golfe de prestígio, mas sim pela capacidade de garantir que nenhum dos seus cidadãos, após uma vida de trabalho, se torne uma "alta problemática" nos corredores dos hospitais por falta de um lar, de apoio em casa, de sensibilidade social.
É tempo de "actualizar as últimas tendências e desenvolvimentos do setor" social, com o mesmo empenho com que se promove o golfe, demonstrando que a política na Madeira é, de facto, feita para os madeirenses e não apenas para suportar os negócios dos privilegiados.
Termino dizendo que este assunto, lares, não seja uma bandeira de um partido, nem de "greens", nem de "roses", zero.
