Que bidão!


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O Centro de Congressos da Madeira (nome pomposo) orgulha-se de ter uma oferta cultural diversificada. É "música, comédia, teatro e dança", são vários os espetáculos que o Auditório apresenta durante o ano.

É um espaço que se diz "nobre" em que o visitante terá de ter a "nobreza" de descer a escadaria, sem cair, para ocupar os cerca de 600 lugares sentados que "oferece".

O espaço também é "nobre" para artistas: detém camarins e bastidores dignos de um castelo de nobre do séc. XIII, com corredores "nobres" para apenas um rei passar (não cabem duas pessoas lado a lado), e os camarins dividem o resto do espaço como se fosse um jogo de palavras cruzadas. "Uns ficam naquela esquina, outros jogam-se mais pra cá: assim cabemos todos."

Quando há estruturas para carregar, não há elevador, não há acesso do palco à estrada: chamam-se os servos que prontamente se dignam a carregar (ou a deslizar quando os encarregados não estão a ver) as estruturas pelas famosas rampas laterais até ao palco.

Todo o Auditório respira nobreza, mas não nos podemos esquecer que nesta casa mora um rei que se chama D. Som. Ele é titular incontestável do seu castelo; ai de quem lhe pise os calos, amua e mete-se nos seus aposentos. É tipo um "dono da bola" que quando se chateia pega na bola e vai embora... é parecido, não é? Igual!

O Centro de Congressos da Madeira, Palácio de D. Som, volta a destacar-se pela sua programação cultural... paga a preços de nobre! Não há concorrência, por isso... incha o preço e "vai buscar"! (coisa inédita na Madeira...!)

É que orgulham-se de "oferecer" uma programação cultural, mas omitem, coitadinhos, os valores que cobram. Ora vejamos:

- Aluguer da sala: €2000

- Valor do som/luz e tudo o que D. Som cobrar: € (um prato de sopa de trombas) varia consoante o projeto.

E isto... são valores... AO DIA!