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| Investimento em drones não "arde dinheiro" |
N a Madeira, o Natal já não é só época de família ou tradição. É época de explosões milionárias que simbolizam a criatividade governativa do PSD. Milhões de euros transformados em luz e barulho, enquanto a população assiste ao próprio empobrecimento. Cada foguete disparado poderia ser traduzido assim: “Se não podemos resolver os problemas reais, pelo menos fazemos um espetáculo para fingir que governamos.”
As fotografias oficiais são quase didáticas. Mostram os lambe-botas de sempre, sorrindo, aplaudindo e garantindo que a hierarquia política se mantém intacta. Gente que, fora da sala, não resolve nada, mas dentro dela ilumina-se com o brilho alheio — literalmente, com milhões a voar no céu.
Miguel Albuquerque, o comandante do espetáculo do fogo, observa a ilha a empobrecer e responde com sorrisos e foguetes. É um verdadeiro mestre da distração, quanto mais luz no céu, menos atenção ao empobrecimento da população. Cada centavo gasto no fogo é um balão de fumaça para cobrir a incapacidade de governar, cada explosão uma metáfora da sua falta de ação.
Enquanto o povo luta com salários baixos, rendas impossíveis e serviços públicos precários, o PSD transforma o dinheiro público em espetáculo. E a justificação é sempre a mesma, turismo, tradição, cultura… Tradução real: gastamos milhões para que o povo olhe para cima e esqueça a crise em que vive.
O mais irónico? É que cada foguete é também um retrato da governação, bonito de fora, vazio de substância, caro e temporário. Ilumina o céu por minutos, mas não aquece ninguém, não resolve dívidas, não cria empregos. Brilha o céu, mas escurece a vida do povo.
No fundo, o fogo de artifício não é só desperdício. É uma lição de política:
- Prioridades invertidas
- Marketing acima de gestão
- Espectáculo acima de responsabilidade
- Para este Governo, mais vale um céu colorido do que uma ilha com vida digna.
