A 18 de maio, Madalena Nunes, Vereadora com o Pelouro da Cultura na Câmara Municipal do Funchal, num artigo de opinião intitulado "Política com lentes de futuro" (link), escreveu o seguinte: "Por mais estranho que possa parecer, ou não, na Região Autónoma da Madeira não existe um plano estratégico para a cultura. As coisas têm sido geridas casuisticamente há mais de 40 anos."
Em resposta, Alberto João Jardim não se deixou ficar e nesse mesmo dia escreveu no Twitter: "Vereadora Madalena MENTE ou é IGNORANTE. Diz que nos meus Governos não existiu estratégia na Cultura!... Tenha VERGONHA e veja tudo o que se fez física e imaterialmente! O Seu “plano” é um “relatório de burocrata socialista." (link)
Hoje, praticamente uma semana depois, Alberto João revela que, mesmo depois deste bate-boca, Miguel Gouveia convidou-o para integrar a Comissão Consultiva da candidatura do Funchal a Capital Europeia da Cultura 2027. Ou seja, a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara do Funchal foi ultrapassada pela direita e o projeto que ajudou a erguer e que vinha para romper com as práticas "casuisticas" de 40 anos terá como "consultor" o principal responsável por essa política, provavelmente para ajudar a transformar o "relatório de burocrata socialista" em alguma coisa mais credível.
Isto nem inventado! A política madeirense consegue sempre surpreender-nos, mas penso que hoje Miguel Gouveia deu vários tiros, mais uns, no pé, na sua própria equipa, desfazendo por completo a visão de Madalena Nunes, na coligação que o suporta, nomeadamente na luta histórica do PS e BE contra o Jardinismo, e de muitos outros que sempre o combateram e não se revêem neste convite completamente tresloucado de Miguel Gouveia.
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