Feliz pobreza


E nquanto o verdadeiro propósito dos governantes locais é estarem em graça para manter o tacho aguardando por instruções para exercer as suas funções, outros fazem-se de proximidade, "atenciosos" para continuar a dar migalhas à população e permitir que meia dúzia se apodere dos orçamentos regionais e municipais para ficar com "varas de porcos". Os que devem alertar calam-se e também usufruem do "banquete", com lugares e promessas. O povo, esse vai sempre na conversa desta gente porque é tolo, medroso e sonhador, não consegue ver com clareza, ou não quer ver, o que aqui vai em 4 décadas: a pobreza e o ódio por ela existir. É aquela coisa irritante que fica depois do gamanço. São sempre tão perfeitos, superlativos, melhores do que os outros mas somos a região mais pobre do país, lugar de onde afinal não saímos, mesmo que o reformado com duas pensões faça o discurso da estradinha, da água e da luz, que parece extraído de uma canção do antigo regime a enaltecer a alegria e satisfação com a pobreza. O problema é que na altura não havia dinheiro e agora há. O crime é maior.

A situação é tal que o gamanço parecia impossível de refinar, mas estão a fazê-lo, em total liberdade e impunidade porque nada funciona. Aliás, o propósito deles é mesmo que nada funcione, com os piores a ocupar os lugares e que por isso se tornam leais, caso contrário ali não estariam. Assim é mais fácil de criar obedientes com uma ou duas cabeças a pensar e a destinar como montar o esquema para mais um gamanço, quase sempre moldado por suposta legalidade. Quase todos nada fazem, acima estão os cúmplices dos DDT e estes coordenam as fatias de leão. Esta é a realidade da Madeira meu amigo. Na maior parte dos partidos existem falsos e mais querem repetir a fórmula de sucesso de se vender, não estão na política para servir mas para se servir.

Se uma fiscalização profunda ocorresse na Madeira isto seria uma cesta de cerejas de casos e casos. Precisamos de passar por isso para acabar com a horda e a pobreza. Só ocorrerá quando a República e a Europa meterem mãos a limpar isto, em benefício do povo e vigiando o dinheiro, em vez de permitir que uma arquipélago com governo próprio intimide ou provoque repulsa pelas atitudes diárias e públicas, para gerar isolamento, e que os outros digam: deixem-nos para lá.

Agora compre um jornal e veja a maravilha de terra que tem e veja a versão de quem o rouba. Feliz pobreza, a massa cinzenta parte, os incompetentes e sabujos ficam.

Fica bem esta franqueza, fica bem,
que o povo nunca desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente. 

Numa altura de Legislativas Nacionais que dizem que países do bloco de leste nos passaram à frente, não sendo eu comunista, é de ver no panorama nacional como o Alentejo está muito melhor do que nós (Madeira) e perto dos rácios de Lisboa. As aparências "aparudem".


Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 22 de Janeiro de 2022
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