Agradeço o vosso serviço, sem ele muita opinião não existiria, é importante abrir mentes. Segue-se o meu texto:
A lbuquerque está na maior, desprendido, leve, parece que controla tudo, não receia a Justiça, nem eleições, parece que o que era importante para ele já se passou e agora os outros que toquem a viola. Parece que tudo se resolve com dinheiro da região e empregos públicos, a comunicação social debita o que os assessores escrevem. Albuquerque viaja e tira férias nas piores alturas da Região e do Partido.
Enquanto isso, o xadrez político na Madeira anda em chamas. Se não parece que me deem outra leitura, está a queimar lentamente Jorge Carvalho, o segundo do Governo (segunda vez que o faz), empurrando-o para a Câmara Municipal do Funchal, como que a tirá-lo discretamente do centro do tabuleiro governativo, uma saída “airosa” para o seu jogo político depois do desgaste do caso Calado e companhia. A narrativa é simples, Carvalho é candidato municipal, e o Governo Regional ganha espaço para uma remodelação silenciosa.
Quem sobe? Eduardo Jesus, todo o incompetente merece promoção. Aos poucos, o homem do Turismo e da Economia começa a assumir a gestão política do Executivo, não apenas como gestor de dossiês, mas como rosto público do PSD para o futuro. É o nome que, cada vez mais, se fala em surdina como o “projetado” candidato a Presidente do Governo Regional. A suspeição começou com Jardim na RTP-M, também vi os casos muitas vezes no Madeira Opina, de resto calados como ratos a minerar a cabeça dos madeirenses. Será que eles notam a manipulação?
Coincidência ou não, o DN Madeira tem funcionado como caixa de ressonância dessa ascensão. Manchetes, entrevistas, declarações em destaque, páginas e páginas por dia e edição, há um claro esforço em promover Jesus como figura central, dando-lhe palco e normalizando a ideia da sucessão. É puro trabalho promocional, camuflado de jornalismo político. Depois bastará a saída do político endividado que se tornou rico a meio do mandato para o Eduardo Jesus ter 2 anos de GR em estágio e "acostumação". Está em curso uma operação de bastidores, queimado que foi o Manuel António Correia, agora o partido gere-se desde o Governo. Albuquerque garante uma transição controlada, Carvalho serve de escudo na CMF, e Jesus surge como herdeiro aparente, embalado pelo discurso mediático que o vai transformando em inevitável.
Na política madeirense, nada acontece por acaso, Eduardo Jesus faz tudo pelos lóbis que estão a desterrar a Madeira, quando a imprensa começa a empurrar alguém para o trono, é porque os arranjos de bastidores já estão bem avançados pelos Donos Disto Tudo, curiosamente também da imprensa. Os encarregados de destruir quem estraga as narrativas.