A mobilização do PSD é impressionante. Tanto dá para o Chão da Lagoa como para um velório como se assistiu ontem no Jardim Municipal do Funchal. Todos os que lá foram para assistir o lançamento da campanha liderada por Jorge Carvalho para conquistar a autarquia da capital da Madeira, viram um arrastar triste e longo de discursos sem motivação, sem fogo e confiança.
Quem estava a assistir foi fazer o frete de bater palmas e fingir que estava com os candidatos. Foi triste. Dois discursos monocórdicos, sem nenhum rasgo de criatividade, de ideias inovadoras ou de soluções que nos surpreendam. Somente quando Carvalho falou dos funcionários da autarquia é que as palmas foram mais fortes. Quando tocou noutros temas, que por serem tão óbvios, até a assistência ficava na dúvida se batia palmas ou batia no peito "mea culpa".
Foi surpreendente ver Pedro Calado vir dar a bênção e observar a cara de desagrado de Jorge Carvalho. Este sabe que Calado é ativo tóxico mas não pode se manifestar. Aquele é perigoso para a imagem da candidatura.
Sentia-se o odor a derrota tal era a falta de confiança e nervoso miudinho.
Curiosa foi a ausência de José Manuel Rodrigues que optou por enviar Rui Barreto e Gonçalo Pimenta para representar o CDS. Há negócios digitais que valem presenças e compadrios. Será que na autarquia as escolas de primeiro ciclo irão ser todas equipadas com hardware Sam&sung e talvez software ja instalado nas escolas e serviços da Secretaria regional de Educação. Estaremos atentos.
O nervosismo do candidato era tanto que o Carvalho por pouco não secou, de tanto transpirar. Fez pena, ouvir os comentários maldosos na assistência. O PSD nunca foi forte em solidariedade para quem é perdedor. Lembram-se de Bruno Pereira e Rubina Leal? Não há duas sem três Jorge Carvalho. Bem vindo neste regresso à realidade. Chama-se Princípio de Peter, quando sobe até ao nível da incompetência. Será uma delicia assistir aos debates.
Albuquerque escolheu um candidato que não vai a eleições nem faz campanhas, é sempre escolhido para o governo. A liderança é tão fraca que, mesmo começando mais tarde, ainda não tem o material... amadorismo digno de partidos pequenos e desorganizados... ou de falta de hábitos de campanha.
