Aleluia Carvalho

 

Funchal sempre melhor, "remake" de sempre à frente? Arrasou...

A candidatura do PSD ao Funchal, ou melhor, a candidatura da Quinta Vigia ao Funchal, finalmente saiu do papel. Uma candidatura tão cinzenta quanto o próprio candidato: apagado, sem chama e sem pinga de novidade. É o “franchising” político da Quinta Vigia, os mesmos nomes, os mesmos fatos, o mesmo andar engonhado, o mesmo olhar perdido e o mesmo discurso rançoso, reciclado do tempo da cassete VHS.

E eis que surge o espetáculo: Alberto João Jardim, o patriarca, lá estava a bater palmas, satisfeito por ver o genro devidamente reconhecido no Governo Regional. A Quinta Vigia já não é sede política, é novela familiar.

Na plateia também não faltou Pedro Calado, o homem que coleciona processos criminais como cromos da bola. Sentadinho, à espera da próxima oportunidade de negócio, porque para ele cada eleição é uma espécie de leilão.

Mas o circo trouxe mais números. Vieram os dinossauros todos. Até Bazenga Marques apareceu. Um homem que já não se via há décadas, ressuscitado para o palco como se fosse a grande novidade do PSD. A tal “renovação” afinal vem com 90 anos de idade, cheiro a naftalina e discurso em preto e branco. Um verdadeiro fóssil político, apresentado como se fosse o futuro da cidade.

E ainda tivemos José Luís Nunes, candidato a presidente da Assembleia Municipal, a declarar solenemente que aqueles eram os melhores. Os melhores em quê, perguntamos nós: em corrupção? Em lixo? Em degradação urbana? Em problemas sociais? Em falta de habitação? Pois sim, nisso são campeões. Para José Luís Nunes, que nada lhe falta, são mesmo os melhores, os melhores a manter a riqueza entre os mesmos, a prostituir a política e a garantir que tudo continua igualzinho.

Infelizmente, para o Funchal, o futuro promete ser feito de quatro anos cinzentos, negros, nebulosos e tristes. Porque quando a candidatura vem da Quinta Vigia… o povo leva sempre com a mesma vigia de costas voltadas para a cidade.