P rimeiro, na Madeira constrói-se para faturar, o que significa alimentar empresas do regime (e seus testas de ferro políticos) para inaugurar, para obter votos fáceis, o que conseguem porque a larga maioria dos eleitores não vê desenvolvimento social na sua algibeira (incrível) mas sim em inaugurações, as quais nunca vão usufruir ou ter utilidade.
É preocupante que as nossas portas de entrada tenham tantos obstáculos, no aeroporto poderíamos discutir a alteração da orientação da pista mas sem dúvida que as alterações climáticas estão a agravar os elementos meteorológicos e a inviabilizar cada vez mais as aterragens. Cada vez temos mais horas e dias de inoperacionalidade. Quanto às "portas" marítimas é diferente, os portos de abrigo, comerciais e de recreio não são seguros para entrar com mau tempo, caricato! Caniçal e Funchal são assim, no Porto Santo ainda acresce o desvio da areia para recarga da praia. Assunto cheio de preconceitos, é proibido falar.
Constrói-se à louca e sem levar em conta estudos e opiniões ponderadas? Sim. São conhecidos estudos que foram guardados em gavetas porque diziam não aconselhar a construção ou, mesmo viabilizando a construção, segundo o projeto em mente, sugeriam várias alterações que não agradavam os governantes e os tolos que as desenham.
No Funchal dinamitava-se o Cais 8, deu errado! Inflete a ondulação para dentro do porto e desassossega todas as amarrações de navios, tornando ainda as marinas um risco. Desassossega todo o porto! Brilhante! Para além disso, retém os inertes vertidos pelas ribeiras dentro do porto e à sua entrada. As ribeiras desviadas adicionam mais correntes de fundo para as zonas de navegação e de entrada e saída nas marinas. O Cais 8 reduziu a largura de segurança para manobras à entrada do porto, os navios mais expostos a correntes, vagas e ventos, em propulsão reduzida para acostar, reúnem as condições para abortar escalas. Cada vez mais. Isto é culpa do Governo Regional de 46 anos. Mas, como nunca pode perder razão, em todos os desastres na ilha, a ideia é contruir mais sobre os erros, daí o prolongamento da Pontinha, uma nova obra para faturar muito e provavelmente o maior risco de não nos vermos livres de manutenções, dragagens e a ruina financeira.
Quanto maior o navio, e eles estão cada vez maiores, mais expostos aos elementos, uma Pontinha maior não significa melhores condições para efetivar a atracação, a "boca" será a mesma!
Paralelamente a isto, já percebemos que com este clima vamos ter cargueiros que não entram no Caniçal mas também não teremos o ferry, uma alternativa. Foi negada para salvaguarda dos monopólios. Mas, e se houvesse? Entrariam no Porto do Funchal? A questão é esta, são o meio mais capaz de enfrentar as intempéries e os erros de construção, sem sombra para dúvidas (clarinho como o helicóptero) e, com ele, chegam pessoas e carga. Já perceberam o que significam os ferries em manobras com mau tempo por essa Europa fora? Ou divertem-se sem pensar?
O ferry, quer queiram quer não, é o meio mais eficaz contra as alterações climáticas e de todas as asneiras que se fazem na Madeira ao nível das obras marítimas. Quanto ao aeroporto, gostei deste artigo do CM (link) e subscrevo!
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