R icardo Salgado, o primeiro DDT - Dono Disto Tudo de Portugal, foi esta segunda-feira condenado pelo Tribunal Central Criminal de Lisboa a seis anos de prisão efetiva por três crimes de abuso de confiança no processo Operação Marquês. Embora o Tribunal desse como provado os factos constantes na acusação, a defesa protestou e referiu que o seu cliente era uma pessoa que sempre teve muito respeito pelos Tribunais e pelos órgãos de soberania do País. O que é que o cu tem a ver com as calças?
Lembremo-nos de que Ricardo Salgado esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas o Juiz Ivo Rosa, na decisão instrutória proferida, deixou cair quase toda a acusação acabando por ser pronunciado por apenas três crimes de abuso de confiança no valor de 11 milhões euros.
O advogado de defesa alega “a doença e a dignidade humana” de Ricardo Salgado e disse que vai recorrer da sentença. Como em Portugal a justiça leva o seu tempo, com sorte, Ricardo Salgado é internado num instituto psiquiátrico ou morre antes de ir para a prisão cumprir a sua pena.
Mas não só Ricardo Salgado é um bom exemplo da Justiça em Portugal, um jovem de 19 anos foi condenado a dois anos de prisão efetiva por roubo de bicicletas em Lisboa. Outro homem de 35 anos foi condenado a dois anos de prisão efetiva por roubar 350 metros de fio de cobre no valor de 2500€ à PT Telecomunicações e até o Tribunal da Relação do Porto condenou, a um ano de prisão efetiva, um homem de 50 anos que tinha roubado 15 chocolates num supermercado no Norte do País.
Mas não só a Justiça portuguesa é cega surda e muda. Em Itália um sem-abrigo de 36 anos foi condenado a seis meses de prisão por alegadamente ter roubado dois pedaços de queijo e uma lata de salchichas no valor de 4€ porque tinha fome. Esta condenação caricata levou o Supremo Tribunal de Itália a anular a sentença e convertê-la em jurisprudência, uma vez que o roubo foi uma necessidade homeostática de sobrevivência, ou seja, roubar para sobreviver não constitui nenhum crime.
Assim levanta-se a núbia dúvida se Ricardo Salgado, José Rendeiro, Oliveira e Costa e quiçá José Sócrates desviaram dinheiro porque tinham fome.
A esperança de Ricardo Salgado, nos outros processos em que está envolvido, é que os lesados, daqui a uns anos, sofram de Alzheimer e não se lembrem mais do dinheiro que ele usurpou.
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