N ão é preciso ser nenhum expert para perceber que foi o Presidente da Câmara quem autorizou a instalação das jaulas aquacultura, à revelia do povo da Calheta. Achei caricato ver a expressão/reação do sr Presidente, na televisão canal RTP, ao ser confrontado com aquela pergunta incómoda. Gaguejou até dizer basta, pois faltam-lhe argumentos para justificar o que fez, e até tentou fazer o papel de vítima. Comigo não colou. Coitado! Não consegui perceber como é que a sua mão direita (ou esquerda) escorregou ao tal ponto de assinar/autorizar/permitir/anuir a instalação daquelas gaiolas aquáticas. Isto merecia uma consulta pública/prévia, do mesmo modo como fazem o Orçamento Participativo. Todos sabemos quem beneficia, o zé povinho não é de certeza. O almejado emprego criado naquela área, se houve, calhou a poucos calhetenses. Querem-nos fazer comer aquilo, mas nessa carne não lhe toco... antibióticos e vacinas, pra mim já bastam-me as 3 doses vacina anti Covid ou placebo, ou lá o que for.
De facto, a Calheta passou de bestial a besta, com a fatídica pedra que rolou encosta abaixo nas vésperas das festas S. João. Parou tudo, cancelou tudo! Mas a verdade é que só cancelaram o arraial, porque a pedra ficou à vista de todos. Caso contrario, o assunto era abafado como todas as outras pedras que caíram anteriormente, sabe lá Deus onde! Durante anos, era mais do que óbvio que uma tragédia estava na iminência de acontecer... E aconteceu! Que a tua alma descanse em paz sempre lembrada Carina Marlene. Não é justo, nem merecias este fim! A Câmara, não fez o trabalho de casa como devia ser. Este assunto da escarpa foi daqueles que se deixou adiar anos e anos a fio... Bastou aquela pedra para manchar mais uma vez o seu currículo político! Devia descer à terra, e em vez de trabalhar para mostrar aos turistas e aos de fora da Calheta, (não basta uns retoques para lavar a cara do concelho), deveria percorrer o concelho de um extremo ao outro e contatar com as pessoas, as verdadeiras, não os amiguinhos de fatinho e gravata. O povo sente-se abandonado! Isto parece uma terra sem lei, construções ilegais à descarada, terrenos usurpados nas serras aos verdadeiros donos, sem controlo municipal, favorecimentos a amiguinhos. As serras da Fajã da Ovelha são o exemplo dessa má fé. Enquanto houver fome e pobreza no Concelho não ouse ambicionar uma via rápida para a Calheta. Não queremos um "Dubay". Já basta o "Savoy"! Se quer chegar 10 minutos mais cedo ao Funchal, o povo que levante o rabinho da cama mais cedo! Estamos numa ilha, não vamos longe! Deixe-nos disfrutar da via expresso.
Vou lhe dar uma sugestão para o próximo Orçamento Participativo: voltar a ter a antiga Praceta 24 Junho, cheia de cor, relva verde, belos jardins de flores, agradável à vista, onde muitos casais fotografaram-se no dia do casamento! A atual e moderna praceta consegue ser tao feia, feia, feia, que nem parece praceta, mas um terraço tão desconfortável, cinzento, escuro, pouco acolhedor. A Calheta merece melhor! Nem uma sombra há no luxuoso parque infantil. Aquele sol torra os miolos dos miúdos e graúdos. É a lei do Betão! Aquela antiga praceta era um verdadeiro monumento!
Agora sim desenterram-se as verdades de um concelho que varre tudo para debaixo do tapete. Mais casos e "esqueletos" irão emergir!
Segunda-feira, 18 de Julho de 2022
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