CTT: a escravatura moderna paga com exploração.



A empresa dos administradores chicos-espertos.

Atenção, Madeirenses e Porto-Santenses!

É tempo de acordar e encarar a dura e revoltante verdade: a empresa CTT – Correios de Portugal, uma entidade que fatura milhões de euros por ano, não age como uma empresa séria. Pelo contrário, atua como um explorador de escravos moderno sob um disfarce corporativo cínico. O que se passa nos pequenos balcões, ou Postos de Correio Rurais, espalhados pelas nossas freguesias é uma vergonha nacional e um insulto à decência laboral.

O sistema é perverso e ilegal, e a sua denúncia deve ser feita sem filtros: os funcionários que trabalham nestes balcões rurais – muitas vezes chamados de forma eufemística de «colaboradores» para fugir às responsabilidades legais de um contrato de trabalho honesto – não recebem o salário mínimo a que todos os trabalhadores de Portugal têm direito.

Pessoas dedicadas, que cumprem a sua jornada de trabalho — as 8 horas diárias, de segunda a sexta-feira, exatamente como qualquer outro trabalhador — estão a ser pagas com misérias, com pagamentos de baixo valor que chegam a ser um terço, pasmem-se, do ordenado mínimo regional e nacional.

Isto não é colaboração; isto é exploração laboral!

Quando uma pessoa trabalha 8 horas por dia e não recebe o mínimo legal para viver com dignidade, o nome dessa prática tem de ser dito com frontalidade: isto é escravatura moderna. Os CTT estão a explorar a necessidade e a boa-fé destas pessoas, e é inadmissível que isto aconteça em pleno século XXI. Exigimos o fim desta prática abusiva e o pagamento imediato do salário mínimo a todos os que trabalham nos balcões CTT, sejam eles na cidade ou no meio rural!

Mas a exploração dos CTT não para na mão-de-obra. O cinismo alarga-se ao uso de espaços físicos! A CTT tem os seus balcões espalhados por quase todas as freguesias da Madeira, garantindo a sua cobertura e o seu serviço, mas recusa-se a pagar o que é justo. A empresa não gosta de pagar despesas extras.

Os CTT esperam que os cidadãos privados que acolhem um balcão no seu espaço arcando com custos que deviam ser da empresa. Os CTT não pagam as rendas do espaço que ocupam – espaço esse que poderia estar a ser usado para outro negócio. Mais chocante ainda, a CTT não paga a eletricidade que os seus próprios aparelhos – balanças, computadores, e tudo o mais necessário – consomem. Os equipamentos de um balcão CTT gastam muita eletricidade. Isto significa que a fatura energética é descarregada nas costas dos parceiros privados.

Isto é usar o espaço de borla!

A CTT fatura milhões, mas quer ter os seus balcões a funcionar à custa do esforço e do sacrifício de pequenos proprietários e trabalhadores mal pagos. É uma atitude abusiva, vergonhosa e mesquinha.

Perguntamos: porque é que muitas destas pessoas nos balcões rurais se calam? Provavelmente, por medo de perderem o pouco que têm, ou por falta de apoio. Mas o tempo do silêncio e do conformismo acabou!

Exigimos o fim imediato destes abusos! Os CTT têm de pagar. Exigimos o fim imediato destes abusos!

  • Os CTT têm de pagar as rendas dos espaços que utilizam, sem exceção.
  • Os CTT têm de pagar a eletricidade que os seus próprios equipamentos gastam.
  • E, acima de tudo, os CTT têm de pagar o salário mínimo a todos os seus «colaboradores» — que são, na verdade, seus empregados!

Temos de terminar com esta exploração que se assemelha a escravatura moderna. O povo deve saber que a CTT, enquanto fatura milhões, explora o seu próprio sistema. A indignação deve ser a nossa voz!