S e a denominação “Dubai” para um empreendimento é, só por si, piroso e foleiro, o que só pode ter saído da mente de um “vilhão”, criar acessos rodoviários para valorizar um investimento privado é do mais escabroso que existe e só pode ter saído de uma mente perturbada.
A desculpa de ser uma mais-valia para a acessibilidade do novo Hospital Central do Funchal é do mais absurdo que existe. Então o Novo Hospital não foi colocado junto a um nó da “Cota 200” por ser estratégico? Não era para ser na Nazaré mas era inviável pela ausência de estruturas rodoviárias?
Mas o Governo não é o grande culpado do túnel entre o Dubai e São Gonçalo, o verdadeiro culpado é o Correio da Madeira que usou em tempos o humor para inventar uma linha de Metro entre o Dubai e o Centro do Funchal como uma promessa de Pedro Calado. Sinceramente, hoje, a ideia do Correio da Madeira não parece tão absurda como a ideia do tal túnel. Criar um meio rápido para entrar e sair no Funchal se calhar é menos absurdo que um túnel para escoar os estrangeiros ricos do Dubai, porque madeirense não vai ter dinheiro para comprar o que quer seja no Dubai (a não ser que alguma alma caridosa lhe ofereça um apartamento de luxo). E já agora porque não até ao Campo de Golfe do Palheiro Ferreiro para os ricos jogarem golfe? E já agora porque não um túnel entre a Vila de Câmara de Lobos e o Funchal? Ou então ligar a estrada das Ginjas ao Funchal?
Senão vejamos. A Madeira criou uma circular externa ao Funchal chamada “Cota 200” para evitar a circulação automóvel e o congestionamento no Centro da “vila” do Funchal, que, por falta de visão estratégica apenas peca por não ter tido 3 vias em vez das atuais duas por um custo que seria inferior a mais 50%. Quando a “Cota 200” já não deu para as encomendas, o Governo Regional criou uma “Cota 500” que veio a se revelar mais um elefante branco porque não resolveu nada.
Mas a demência betónica não se ficou por aqui e os que não tem memória curta lembram-se da célebre saída oeste inventada pelo então presidente da Câmara Municipal que se ficou pelo Chão da Loba. É para continuar? Quando?
E se os que pensam que o aeroporto foi a obra mais visionária de todos os tempos já todos nos apercebemos de que se está a revelar mais um elefante branco porque já se chegou à conclusão que é necessário outra pista com outra direção. Mas descansem os mais críticos porque já se está a pensar em contruir um novo aeroporto.
O mais importante da megalomania do betão é que é preciso que os políticos continuem a alimentar e a encantar a serpente venenosa para escapar com vida.
Quinta-feira, 7 de Julho de 2022
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