Novos ricos patos bravos


U m pato bravo distingue-se dos demais por não saber usar racionalmente o dinheiro, tão só sabe se exibir usar conceitos, mitos e símbolos errados de riqueza no lugares menos propícios e torna-se no chamado "vilhão". Portanto, o berço e o conhecimento não dá para mais. Só têm dinheiro, fruto de árduo trabalho, como enriqueceu não me quero focar, não é por aí que vou.

As zonas quentes são predominantemente brancas, a Madeira vai ou ia do creme clarinho até ao ocre, sobretudo da cal. É o legado com a arquitetura típica. Temos que ter uma matriz do que somos para apresentar algo de diferente aos visitantes.

Os tempos são outros, com novos ricos e patos bravos, e há um empresário de sucesso a tingir a nossa capital de preto, a bom ritmo, e não há quem o pare. Numa altura em que sabemos que temos de mudar a bem do planeta e alterar hábitos, deveríamos estar a evoluir ou manter as cores claras por causa das temperaturas mais altas. Sei que há muitos materiais à disposição para enfrentar a situação, até podes ter tudo preto com rotura térmica, é um contrassenso mas possível (provocas uma doença para te curares com uma enorme despesa?). Já paisagisticamente é só imaginar um navio de cruzeiros a chegar à nossa baía lá pelo ano ... deixa ver ... 2023 Albuquerque, 2027 + 12 em cima de Calado, lá pelo ano de 2039, como isto não vai parecer e ser um forno, de calor e de imagem. Não sei se existe paisagem igual neste momento para perceber, julgo que ninguém chegou a esse estado de "pato bravismo".

A nossa cidade precisa de branco ou cores tradicionais; de mais sombras com árvores frondosas (criteriosa seleção) ou outro tipo de sombra porque a incidência do sol vai trazer mais doenças; Precisamos de proteger o imenso betão que temos, a dilatação e contração vai aumentar o ritmo e amplitude, vai degradar mais rapidamente as construções. Aquelas Buganvílias que destruíram sobre as ribeiras, ex-libris que já não existe no Funchal, pode ser a maior proteção ao betão nas ribeiras, naquelas traves ridículas sem utilidade, só para consumir betão e faturar. Precisamos de uma estratégia paisagística para a Madeira que não seja obedecer à vontade de novos ricos patos bravos. Sem fingimentos de agências de paisagem mas lei que se cumpra. Não atentem contra o Património Nacional e Regional para se meterem em obras loucas. Mais daqui a uns tempos, vamos precisar de vaporizadores nas esplanadas. Alguém está a olhar para a realidade de lugares mais quentes? Ou vão só a Marraquexe de passeio?

Quem marca os novos tempos na Madeira são os novos ricos patos bravos, lembrem-se de que o egoísmo está a destruir a nossa sociedade (criminalidade, vandalismo, droga, sem-abrigo, etc) e que ela vai chegar à porta dos empreendimentos de luxo para desvalorizar. Estão a recriar a Venezuela na Madeira e vamos acelerados perante a apatia das autoridades, policiais, judiciais, governantes e políticos.

Deliram com "artilharia pesada" como quem delira com o ruído das motas:

Link da Notícia

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 12 de Setembro de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários