Um filme de terror!

 

A produção de tal filme é toda regional e financiada pelo SRS, o elenco é do melhor, regional, e alguns, ultimamente, nacionais, tapando buracos do guião, os actores da prevenção. Os utentes apenas são contratados como figurantes, num filme, em que eles ganham o Óscar de melhor actor, desempenhando um papel, a "silenciosa coragem".

Uma carta do leitor, falou em corredores de terror (link), situou-se no sexto piso, mas os corredores começam na urgência e o filme tem o seu primeiro episódio numa temporada que dura há décadas.

É hilariante e trágico assistir a doentes no corredor, aguardando vagas, e assistir a profissionais já com fama de despachar o caos da urgência para outros serviços de internamento, onde exista uma cama vaga, mesmo que sejam serviços cirúrgicos, como o caso da ortopedia, entupindo camas e bloqueando a cirurgia programada. Ma tal situação caótica, estende-se a todo o palco do HNM.

O SRS, o SESARAM, a SRIS falham em toda a linha, simplesmente porque falta-lhes coordenação por um organismo executivo, onde cada um destes Secretários e respectivos Presidentes de Conselhos de Administração deveriam estar sentados, para poderem desenvolver um verdadeiro trabalho em rede. Existe solução mas estes tipos são burros e o Presidente do GR um idiota, que deixou o controlo do SESARAM na mão de uma máfia siciliana, que o controla a mercantilização da Saéde a seu favor. E o Tribunal de Contas nem se apercebe das jogadas que saltam à vista de todos.

A Saúde está doente? Não está. Está podre.

A Saúde é um negocio onde a Presidente do Conselho de Administração não risca nada e é refém da Direção Clínica, que manda, desmanda e exige.

O filme de terror começou em 1975, com a fundação do SRS que funcionava subordinada a uma classe profissional, os médicos, que se julgam com direitos de propriedade. Nessa época, os serviços eram reinos feudais, cada um com o seu senhor todo poderoso.

A cobardia e a subserviência funciona ao serviço do poder laranja, aplicado ao estilo dos padrinhos sicilianos, a diferença é que sendo todos covardes, não chegam ao ponto de executar ninguém, para isso têm uma Justiça vendida e ao seu serviço. Coitados dos que denunciem algo publicamente, logo lhes salta em cima um processo por difamação como o tal do Garajau jornal. Coelho sofre.

Uma nota, a outros actores que no filme de terror fazem da escuridão ... luz, com a sua presença, são os tais profissionais verdadeiros, com vocação, brio, que defendem o utente e que só por isso o sistema os mantem, sempre na mó de baixo, com uma carreira aprisionada pelos valores que defendem e que não têm medo de expressar. Conheço apenas uma mão deles, alguns já reformados, outros no activo ainda, mas são poucos os que não vendem a alma por 30 moedas.

Conseguir um final feliz para este filme de terror, que é a saúde na RAM, será um calvário. A despolitização da saúde tem de ser obrigatória, entregue aos valores públicos com um conselho executivo nomeado pelo governo sob proposta e aprovação da ALRAM por ⅔ dos parlamentares, com observadores de todas as Ordens e Associações Profissionais da Saúde e do Social.

O regulamento interno do hospital público tem de ser forte num ponto, naquele em que terá de blindar e condenar, sem dó nem piedade, todos os profissionais que exercendo no público empurrem o utente para o privado, entre outros aspectos que interessam regulamentar, em especial por lei, a relação com esses privados.

Mas hoje faltam médicos, faltam enfermeiros, faltam AOs, falta formação contínua, falta organização, falta disciplina, cumprimento da assiduidade e da pontualidade, falta uma cultura de serviço público, o que é difícil com salários de miséria para muitos e de principescas mordomias para outros poucos. Estas questões e razões, corroem por dentro a coesão e a dedicação dos recursos humanos, que agora "fazem o seu e vão embora".

A actual produtividade hospitalar é vergonhosa e a subserviência aos privados são verdadeiras jogadas de mestre, urge acabar e denunciar. As obras do Bloco Operatório... veio mesmo a calhar para salvar as finanças do HPM! Será? E o Tribunal de Contas que palhaçada...

O Correio da Madeira é uma boa plataforma para os utentes começarem a denunciar as propostas vergonhosas que lhes fazem, sem se identificarem, porque ouvir certos comentários de doentes e familiares é de bradar aos céus: - ele esta aqui mas pagou!!!! Bem!!!!
Onde? Será verdade tal monstruosidade?

O doente é operado e entra em lista na semana da cirurgia, depois tem alta e vai ser seguido na privada. Depois de operado no público!!! Isto acontece e é altamente irregular!!! Muitos sabem mas assobiam para o lado, não é este tipo de cooperação com o privado que o público quer. Ou será?

O silêncio está definitivamente garantido e, a tal regulamentação que deve ser lei, urge elaborar. Tenham coragem pela vossa e nossa saúde, que a todos deve ser garantida, num hospital e nunca num albergue. Com humanidade, porque não se vê!

Batman

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 2 de Setembro de 2022
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