Cenário 1: Ela encontra o Nirvana
Expulsa da burocracia onde durante anos aplicou carimbos com a precisão de um monge zen, a cunhada mergulha numa crise existencial. Três semanas depois, é vista sentada em posição de lótus num banco de jardim, olhos semicerrados, respirando o cosmos. Descobre o poder do silêncio, do desapego e da dieta ayurvédica. Lê o Bhagavad Gita entre sessões de Reiki e inicia um podcast chamado “Desemprego Iluminado”. Conclui que nunca foi despedida: foi libertada.
Cenário 2: Torna-se uma hippie e dança nua no Jardim Municipal
Ao perder o crachá da segurança social, a cunhada decide também perder a roupa. Em pleno solstício, envolve-se com um grupo de neoxamãs e começa a frequentar círculos de tambor e oficinas de tantra. A sua nova missão é “reconectar o ser urbano com o útero cósmico da Terra”. Dança no Jardim Municipal, nua e pintada com argilas ecológicas, ao som de música tribal e versos de Fernando Pessoa em loop. A câmara municipal abre um inquérito. Ela sorri: “não podem prender a liberdade”.
Cenário 3: Imigra para o Dubai e torna-se uma proxeneta
Num salto de pragmatismo brutal, a cunhada vende os Tupperwares, compra saltos de 12cm e um bilhete só de ida para o Dubai. Lá, entre arranha-céus e ouro à quilo, descobre uma nova vocação: gestão de talentos noturnos. Com um cartão de visita que diz “Consultora de Imagem”, constrói um império paralelo de luxo, chantilly e perfumes caros. Os antigos colegas da Segurança Social seguem-na no Instagram. Ela publica: “A queda é só o início da ascensão”.
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