Cá vamos andando com a cabeça entre as orelhas.
P arece que foi mais fácil encontrar o Concílio encontrar um Papa, que o PSD arranjar consenso nos candidatos às autárquicas. O partido tem tantos quadros e tão competentes, que se torna difícil perceber qual deles é melhor que o outro.
Câmara de Lobos ficou resolvido. Eram ambos apoiantes do Manuel António, optaram pelo que tem menos espinha dorsal e mais fácil de vergar, e calaram o outro com um belo tacho. Ribeira Brava está mais ou menos decidido, tal como em Câmara de Lobos, a opção será pelo que tiver mais competência para lamber-cus.
Ponta do Sol, mais uma dor de cabeça (Rui Pita, Gualberto?). Tal como no Porto Moniz (Raimundo ou Dinarte Gonçalves?), e Santa Cruz (Brício, Matateu ou Bruna?), será para queimar.
Santana, já está dado como perdido ou vão como AD? Se forem como AD, o Dinarte candidata-se como independente? São Vicente, será o Fernando, numa sucessão natural, ou será o contabilista que "organiza" o dinheiro do negócio dos primos? Até podem por um calhau, que ganha na mesma, tendo em conta que a oposição em SV também é do PSD. É um bocado como no Porto Santo.
No Funchal, com o caminho aberto deixado pelo Miguel Gouveia, agora todos querem ser candidatos. Bruno é o destacado. Será que a oposição vai surpreender? A malta do PS anda a apontar as línguas para o rego do Cafofo e nem se dá conta do que anda a acontecer. Era uma boa opção para o Carlos Pereira, que ficando fora da Assembleia da República, poder continuar a sua carreira de político profissional. Não sei é se ia ter mais votos que a CDU...
Calheta, sucessão "natural", também podiam por um calhau, que ganhavam...
Pelo caminho queimaram a Sara e o Paulo. Mas os quadros são tantos que não faz mal.
Por fim, umas pequenas palavras para a secretária da inclusão. Os 18% de pobres na Madeira ficaram logo mais satisfeitos por saber que nos Açores ou em Canárias, a taxa de pobreza é maior. Alguns deles deixaram, por momentos, de se preocupar entre alimentar os filhos ou pagar as contas para não ficarem sem casa, e foram logo comprar uma garrafa de espumante para celebrar. Afinal, fazer parte de uma "pequena" minoria, é ser elitista. Mas ao contrário! Nas suas declarações, percebeu-se que é mais importante lamber o cu ao PSD do que resolver o problema da pobreza. Mas tem toda a razão e a culpa é da estatística e do INE, que não sabe martelar o números como o Dr. Pedro Ramos ou a Dra. Bruna Melim. Para além disso, se a malta votou no PSD, é porque está tudo bem.
O pior cego é aquele que não quer ver. E para se resolver um problema, é preciso admitir que ele existe. Negar o problema, martelar números e comparar com quem está pior não é remédio nem solução para ninguém. Já dizia a Rafaela Fernandes, pimenta no cu dos outros, para ela é refresco.
Quando se vive de adjudicações diretas ou de tachos, a dúvida é entre ir comer ao William ou ao Il Galo d´Oro. Comprar um Mini ou um BMW. Quando se faz parte dos 18%, a dúvida é entre pagar a luz ou comprar arroz, pagar a água ou o material escolar. A pobreza de cabeça chegou ao governo. E o pior, é que tem poder de decisão...
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