Corrupção!


A lguns de nós ficaram chocados porque Lula da Silva foi eleito democraticamente Presidente do Brasil. Porquê? Como é que um cidadão com cadastro criminal - por ter sido condenado a prisão efetiva por corrupção - pode sequer ser candidato, quando para um simples cidadão concorrente a uma oferta pública de emprego é necessário a apresentação do Registo Criminal. 

Mas qual é o espanto? Em Portugal aconteceu o mesmo com um Autarca que, depois de cumprir a sua pena, candidatou-se e foi reeleito com uma larga maioria. É a democracia no seu melhor, porque em democracia somos todos iguais, mas já todos percebemos que os eleitos são mais iguais que a maioria de nós.

Se no Brasil, depois de pecar admite-se o perdão, em Portugal faz-se folclore com alegadas suspeitas de corrupção. Veja-se os casos do Juiz Rui Rangel, de José Sócrates, de Manuel Pinho, todos eles ilustres cidadãos acima de qualquer suspeita, até que a condenação transite em julgado daqui a dez anos!

Se juntarmos aos recentes casos de incompatibilidades que envolvem ministros e deputados, os mais de setenta políticos portugueses que foram penalizados por se esqueceram de entregar as suas declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional, então temos um número louvável de idoneidade política.

Por falar em idoneidade, veja-se só a confusão que os partidos, da esquerda à direita, fazem para aprovar alterações à Lei do Enriquecimento Ilícito. 

De parte das suspeitas generalizadas de corrupção ficam os políticos da Madeira. Veja-se que, em 46 anos de democracia, apenas dois Autarcas da Madeira foram condenados por corrupção. Fantástico! Sem dúvida, que foram apenas duas ovelhas negras de um rebanho imaculado constituído por muitos outros políticos. 

Os políticos madeirenses são grandes exemplos de idoneidade, de seriedade e deviam ser exemplos para Portugal e para o resto do mundo. Não conheço nenhum que tenha auferido de favorecimento ou vantagem patrimonial e, nem os mais de 50 milhões de euros em Bitcoins transacionados na Madeira até o terceiro trimestre de 2022, são sequer indicadores de corrupção ou lavagem de dinheiro.

Quando se questiona sobre a capacidade dos Tribunais fiscalizarem o poder político, a conclusão a que se chega é que há uma lei para o desgraçado que roubou uma lata de atum no Supermercado para matar a fome e outra para os eleitos. Por tudo isto, não é de admirar que 66% dos portugueses não confiam na Justiça e nos Tribunais.

Em modo de conclusão, como dizem os políticos mais honestos deste País “à justiça o que é da justiça, à política o que é da política”, só que nunca ninguém explicou quanto é que cabe a cada um. 

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 3 de Novembro de 2022
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