O s madeirenses merecem saber toda a verdade sobre o que se passa no interior dos partidos a menos de um ano das eleições. Os jornais e os jornalistas que sabem tudo o que se passa preferem ignorar e não escrever sobre os assuntos que os políticos não apreciam, com medo que as represálias lhes cheguem ao pelo. Sem o falecido Luís Calisto, honra lhe seja feita, e o seu Fénix do Atlântico, a verdade sobre os meandros da política madeirense ficaram sem sítio onde parir.
Estamos a falar sobretudo de PS, PSD, CDS e JPP. Mas também sabemos o que se passa nos partidos mais pequenos, como BE, PCP, CH, IL, RIR e por aí fora. A um ano das eleições e com tanto tacho em risco o mal-estar é geral e todos têm muito para contar. Sabemos tudo e se o CM deixar vamos escrever tudo o que sabemos sobre o que se passa em todos eles. A verdade não é para guardar do povo, é para contar! Para que o voto seja esclarecido também nesse sentido.
Vamos começar pelo PS-Madeira, a propósito de um artigo que foi publicado no CM (link). O artigo não foge muito da verdade mas tem umas cascas de banana de quem tem experiência. Um artigo destes só pode ter vindo de dentro do próprio grupo e é fácil de identificar quem é que se habitou a usar blogs anónimos para noutros tempos condicionar o partido. Pensem bem que vão identificar facilmente o par.
A verdade é que o artigo deixou o PS em polvorosa. Tanto que trocou o auditório de Machico pela sala mais pequena do espaço, para evitar dissabores e disfarçar o número de cadeiras vazias e não dar muitos nas vistas.
O artigo do CM e a sondagem despertou muitas campainhas.
Na Rua da Alfândega têm existido gritos como há muito não se via. Sérgio Abreu, secretário-geral de facto, continua a provocar mal-estar entre os funcionários, fartos do seu registo de ditador. Alguns já ameaçaram bater com a porta e já chegam ao exterior registos que são difíceis de acreditar.
No secretariado do PS, sem reuniões desde junho, já há quem comece a questionar o modelo de liderança, baseado numa direção fantasma composta por Sérgio Gonçalves, Gonçalo Aguiar, Paulo Cafofo, Miguel Iglésias, Avelino Conceição, Victor Freitas e Célia Pessegueiro, que são quem manda no partido.
Victor e Célia, apesar de terem as suas garantias, sabem que têm de salvaguardar os membros do grupo e que nada é certo. Mafalda Gonçalves tem o lugar em risco e Carlos Coelho não é certo em lugar elegível. Entre outros, como Bruno Ferreira, que continua em parte incerta.
Avelino Conceição continua a mandar na zona oeste, com o presidente da concelhia de Machico a servir de fantoche, e já decidiu que o seu candidato é Alberto Olim. De fora ficam Ricardo Franco e Nuno Moreira, o sucessor preferido de Franco mas sem apoio de Avelino. Machico vai ferver e não é pouco.
A lista de elegíveis anunciada pelo CM não está muito longe da verdade e revela o que já se sabe no PS que é que a paridade é para esquecer. Já não há 50% para ninguém. As mulheres socialistas já sabem isso mesmo e ninguém vai espernear, agora é cada uma por si e salve-se quem puder. Elisa Seixas já tem ordem de saída, depois de ter enfrentado o DN. Sofia Canha também por não acrescentar peso na Calheta. Olga Fernandes também está na corda bamba. Tânia Freitas vai sair por vontade própria. Para os lugares das mulheres entram diretamente Isabel Garcês, uma dívida antiga que Cafofo tem para resolver, e Andreia Caetano, enquanto o marido Duarte Caldeira continua garantido em Lisboa e o PS não tem certa a Vice-Presidência da Assembleia que lhe paga o lugar. Seguem-se Madalena Nunes, a quem o lugar foi prometido nas autárquicas, e Sílvia Silva, escolha de Sérgio Gonçalves.
Entre os assessores, Pedro Diniz e António Alves sabem que não têm peso para ir na lista, já que Mafalda foi a sacrificada nas autárquicas, e que o corte nas verbas chegará aos dois, de regresso às funções públicas. O mesmo aplica-se à equipa de comunicação, primos do secretário-geral Gonçalo Aguiar, que terão de arranjar outra fonte de rendimento, já que a atual transitou diretamente da Junta de Freguesia do Imaculado.
Entre os mais novos, Pedro Calaça e Marina Barbosa têm guia de marcha. Miguel Brito e Jacinto Serrão continuam na expectativa.
Por hoje ficamos por aqui. Quando acabarmos a primeira ronda pelos partidos voltamos ao PS para anunciarmos o que cada vez mais gente sabe: a lista final de deputados, desenhada para os mesmos de sempre.
Sérgio Gonçalves já começou a perceber que está num colete de forças armado por Cafofo, Iglésias, Avelino e Victor e em privado já confessou a alguns amigos que não sabe para onde se virar.
No próximo artigo vamos dedicar-nos à guerra que se vive no PSD entre Albuquerque e Calado e o que isso significa para as próximas eleições regionais. Ao contrário do que os madeirenses acham, com tanta guerra e guerrinha, está tudo em aberto e tudo depende do voto de cada um!
Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 20 de Novembro de 2022
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