Boa tarde, ainda vou a tempo de desejar um bom ano a todos no Correio da Madeira.
A ntónio Costa surpreendeu muitos quando, contados os votos, o resultado foi uma maioria absoluta. Ninguém previa e o murro foi tão doloroso no estômago que, os mais diversos órgãos de comunicação social afectos ao PSD, e não só, decidiram tomar conta da oposição e começaram a vasculhar tudo.
Por culpa da sobranceria do PS e de António Costa, já temos mais demissões do que meses de governo em maioria absoluta. Conclui-se que uma maioria absoluta já não dá o conforto de antigamente, onde se esperava pela altura mais eficaz (perto do acto eleitoral) para lançar os melhores trunfos.
É que com poucos meses os casos sucedem-se, a comunicação social faz cair a popularidade do Governo, o Presidente da República começa a ouvir bocas para usar a "bomba atómica", dissolução do Parlamento, e percebemos que a Direita, alguma apática e outra activa, começa a cavalgar o momento quando estavam rendidos a esperar por 4 anos.
Conclui-se que a comunicação social, instrumentalizada pelos partidos políticos ou não, com sobranceria do PS ou não, com ou sem deontologia, com os partidos de esquerda melindrados ou com a Direita ávida ou simplesmente cumprindo a sua função de quarto poder, investiga e informa.
Este momento impressiona pelo que é possível através da comunicação social numa maioria absoluta, os governantes cercados pela informação validada como verdade, acabam por não ter condições e demitem-se ou são demitidos por Costa, a muito custo, em acordo de cavalheiros.
No entanto, os Governantes que saíram do Governo da República perceberam quando estavam feridos de morte na sua autoridade, incompatibilidade, reconhecimento das asneiras e, sem mais remédio, perceberam que era incomportável prosseguir.
Aqui na Madeira, instalou-se o perverso desrespeito pelas regras democráticas e ninguém se retrata perante os casos que se sucedem. O poder não respeita a democracia, usa, molda, bloqueia, sabota, altera leis e orgânicas, encaminha negócios e empregos de forma obscena, fazem tudo para se manter porque sem política não são nada.
Ainda ontem o Secretário das Pescas teve medo de perder a razão ou de ser cilindrado e não compareceu a um programa de TV, pertinente para esclarecer os cidadãos, ele já deveria estar demitido por passar licenças ilegais. O CM tem um texto muito assertivo que convido as pessoas a ler, sobre as responsabilidades dos mais diversos secretários, ex vice-presidente e presidente para completar as minhas ideias: As demissões do Governo Regional (link).
A pergunta final só pode ser esta, usando o momento actual da comunicação social perante um Governo de maioria absoluta, o que tem andado a fazer a comunicação social da Madeira em 46 anos de poder para não haver uma demissão por caso investigado? Mas ainda mais estranho é perguntar às autoridades policiais e judiciais se nunca viram nada e se escudam-se que ninguém se queixou.
O momento actual no continente mas também dos subornos nas instituições europeias, onde as regras e os organismos funcionam, dizem-nos que algo de muito errado se passa na Madeira com 46 anos de maiorias absolutas. Há muita gente conivente com o crime, a assobiar para o lado, com medo, instituições e autoridades amordaçadas e minadas, um parlamento perfeitamente inútil e gastador.
Cabe a comunicação social cortar todo circo, a homologação de pessoas para falar, acabar com a agenda feita fora da redacção, a justificação e culpas dos outros, insistir nas perguntas ... e ter vontade para mudar a par do medo.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 5 de Janeiro de 2023
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