Altas e problemáticas afins


Corredores e Refeitórios: Inaceitável.

M as quem tem a culpa toda, por esta problemática, que dura há mais de 30 anos? A culpa é toda do GR e dos governos do PSD-M, na gestão da saúde, na incapacidade de renovar e refundar o SRS e na inabilidade de modernizar o mesmo.

A Madeira tem 11 municípios, 54 freguesias e está dotada de 47 centros de saúde num serviço regional de saúde com 5100 profissionais. Não temos meios para resolver este problema?

O problema não é só da saúde, do SRS, mas também do social e das famílias. O problema das "altas problemáticas" tem solução, mas a solução implica uma profunda revisão e, inclusive, refundação do SRS/RAM em termos de filosofia organizacional e tal não acontece por exclusiva responsabilidade de quem governa.

As últimas declarações do Diretor Clínico do SESARAM, sobre esta temática, foram no mínimo aberrantes e completamente fora da sua área de responsabilidade. Esta problemática, de quem ocupa camas, não é da sua responsabilidade resolver, é da sua única e exclusiva responsabilidade garantir os melhores cuidados e tratamentos de saúde a prestar a estes utentes, assim como lhes dar alta e até, em certas circunstâncias, os readmitir quando existe agravamento da situação. A sua responsabilidade é tratar todos. Pode lavar as mãos como Pôncio Pilatos nesta matéria... mas não se torna idóneo.

Seria no mínimo aceitável que o Sr. Secretário da Saúde se tivesse pronunciado, assim, já que inclusive a própria administração do SESARAM está politicamente limitada, no poder decidir da forma mais adequada a resolução deste problema. Inclusive, esbarra com determinados direitos constitucionais e tem de garantir assistência absoluta, não é nem pode, adotar medidas ao estilo de uma empresa privada na saúde.

Porque será que a ALRAM, a determinada altura, não tentou pela via legislativa introduzir, medidas tendentes a limitar e a prevenir este abandono nos hospitais, assim como não se dotou o SRS/RAM de capacidade e mobilidade na implementação da hospitalização nos domicílios. Esta incapacidade e falta de iniciativa, demonstra uma fobia eleitoralista, o medo de se perder eleições, nada se fez, nada se faz.

Porque será que a Madeira não implementou, em todos os seus municípios, redes sociais de modo a prevenir esta e outras problemáticas sociais? Porque preferiu apostar em soluções que obrigam a institucionalizar o idoso, que alimentam projetos privados sustentados pelo orçamento regional. 

Enquanto a aposta, na saúde e no social, não for numa rede que envolva o poder local, os municípios, as famílias e a sociedade em geral, este problema continuará sem fim à vista.

Mas como sempre, nesta terra, existem altas problemáticas com "pedigree", assim como outros que, não “tendo alta”, permanecem em longos internamentos ou até mesmo os jeitinhos em unidades de cuidados continuados, com as cunhas certas. Vamos por os “zezinhos” nos corredores e nos refeitórios, alguns que não recebem visitas há meses e, para os quais, os serviços sociais do SESARAM assobiam para o lado. Do ponto de vista de iniciativas na resolução de problemas sociais ... “deixa-te ficar sentado” porque ganhas o mesmo.

Certamente que esta problemática, do social, da alta, onde ninguém aparece ou se preocupa, também não é só um problema de lei, mas também da necessidade de uma articulação com os serviços do Ministério Publico, MAS CLARO TUDO ISTO DÁ CÁ UMA TRABALHEIRA… logo tudo para o corredor, que é mais fácil de resolver.

Vamos para eleições e esta temática vai ser tema forte e eleitoralista, como sempre, apenas para os papagaios da politica habitual laranja ocuparem tempo de antena, com soluções que nada solucionam.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2023
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