C omo nós quase todos sabemos, os administradores, neste caso, são todos nomeados por confiança política, as competências não interessam, o importante é a vassalagem existir. É por isso que, em muitos conselhos de administração, encontramos um vazio de competências e um “não saber fazer”, precisamente, porque as suas habilitações não ajudam em nada.
Mas vejamos o caso da Saúde, as nomeações muitas vezes roçam o ridículo, mas algumas vezes encontramos um caso anedótico e claro, alguns departamentos só funcionam porque o número dois risca alguma coisa e o pessoal, já está devidamente treinado, permite que o barco navegue como sempre navegou.
As últimas declarações do Diretor Clínico do SESARAM parecem ter sido proferidas depois de uma noitada bem divertida, ou estamos perante um caso de alguém incapaz de ver que o Rei vai nu, desenfeitado.
Então um cliente nos Estados Unidos ou na Suécia virá pedir uma segunda opinião ao SESARAM!? Mas julgo já ser possível na inversa, mas num futuro longínquo admito essa possibilidade, se o programa de formação especializada no SESARAM for transfronteiriço.
O SESARAM, antigo CHF, são irmãos gémeos, são análogos, nada mudou no que respeita a uma gestão avassalada, de pequenos reinos entregues a diretores de serviço que ninguém tem mão em cima.
Imaginem, atualmente a aldrabice é a certificação de serviços pela qualidade naquela estrutura, desalinhada e completamente desenquadrada com a realidade, do que é e do que deverá ser um serviço de saúde de espacialidade clínica, e digo clínica, porque não interessa só o foco em médicos.
O Sr. Diretor Clínico assim como o Sr. Diretor de Enfermagem deviam ter assento no Conselho de Administração, mas não têm, e não riscam nada, o médico risca ainda pelo peso de anos e anos, de uma classe que utiliza o hospital e o serviço público como bem entende, sem que ninguém, ainda, os ponha na ordem. A coitada da Rafaela não tem culpa de lhe terem entregue semelhante empreitada politica.
Estão preocupados com a falta de Assistentes Operacionais, de Técnicos devidamente preparados e habilitados, em número suficiente, que faça no futuro o tal cliente “Made in USA ou Suécia” elogiar o seu desempenho? Sim, porque agora diriam o oposto.
Estão preocupados com aquela amálgama ridícula de serviços e valências espalhadas por vários andares, uma miscelânea ridícula de doentes e de várias especialidades que por vezes dividem enfermarias? Estão preocupados, quando não existem camas e a urgência está cheia, em meter doentes infetados com pneumonias, gripes A e companhia, ao lado de doentes frágeis cujo sistema imunológico, por vezes, está quase a zero? Imaginem o cliente “Made in USA ou Suécia” assim tratado e acolhido.
Estão sequer interessados em utilizar as centenas de enfermeiros, com especialidades, feitas por iniciativa própria, e mesmo alguns já com doutoramentos, no melhoramento da gestão da empresa SESARAM? Se não apostarem nos recursos humanos habilitados e preparados, “O Hospital Novo” de 1973 nunca o deixará de ser, é que atualmente nada tem de diferente desse que era gerido por senhores feudais da saúde da época.
Estamos no limiar da implosão interna e não só na saúde, em tudo o que o GR tem nas mãos.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2023
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