Fair play político e jornalismo

A génese:

21 de fevereiro de 2020: Link da Notícia

O jornalismo tem compromisso com os factos e a verdade, caso contrário é fake news. Omitir factos numa inauguração é uma forma de fake news, existe uma intenção primordial e ela não é informar, está enquadrada na estratégia de omnipresença que, ao fim de anos, sempre na mesma tecla, gera no eleitor a sensação de que não há outro candidato "bom de se votar".

Os jornalistas na Madeira por medo, manutenção do estado de graça ou por objetivos de atingir o topo da carreira, com um salto para a assessoria do Governo Regional ou até CMF, são colaboracionistas na estratégia. Incluindo por omissão ou medo, todos colaboram não tocando nos factos  relevantes que desmorona uma imagem fictícia. Basta ver que a própria voz da propaganda da CMF pertence a um ex jornalista desportivo da RTP Madeira, que tem pululado entre a Presidência do Governo Regional do PSD, do lado de Miguel Albuquerque, para depois se mudar para a vice-presidência do GR e CMF do PSD do lado de Pedro Calado. Assim andamos nós todos a ler e a ouvir a dança dos lados sempre dentro do mesmo partido, numa comunicação social toda vergada e subsidiada ... porque têm poder para isso.

Mas o exemplo não é único e todos os jornalistas, sem exceção, que cobriram a notícia deram total e exclusivamente tempo de antena ao Bezerro de Ouro, príncipe na linha de sucessão, qual monarquia criada pela corporocracia onde, até ver, todos os órgãos de poder eleitos pelo PSD são paus mandados do poder económico, porque criaram e possuem concessões, propriedades e dimensão para vergar todos os madeirenses à escravidão ou fazê-los emigrar, para trazer outros bandidos endinheirados para lhes comprar a bolha imobiliária e usufruir do custo de vida elevado para sustentar a corja dos oligarcas.

É assim que entre jornalistas vendidos, assessores, maridos e esposas, graus de parentesco, ascendências, subsídios e a foder na cama (quero que deixem isto sem asteriscos por favor) que se cria esta pura autonomia de pobres da algibeira, de espírito e de caráter. Se fossem ucranianos já tinham entregue a Ucrânia à Rússia.

Assim se explica como o monstro dentro do monstro vende o seu peixinho, para que chegue às Regionais da sua entronização como o único num deserto criado pelo jornalismo de Farinha, Sousa e Ramos. Os partidos mais pequenos vão vendo os jornais a dar baboseiradas para preencher o tempo, a fazer o circuito dos homologados a falar no regime (sempre os mesmos), criam um curral para uma escolha limitada no futuro político. A besta, não se emocionem com as palavras nem se façam púdicos tornando-o vítima porque ... vítimas são todos vocês, sabendo ou não sabendo, continuando, o homem é maquiavélico mas isso nunca virá na comunicação social toda controlada. Certo? 

Não existe jornalismo na Madeira, existem paus mandados a zelar pelo ganha pão, invertebrados, traidores, falsos... Não existe qualquer fair play político na região com olhos postos nos eleitores num proveitoso entendimento entre quem governa aos mais diferentes níveis. O PSD criou o ambiente que gosta, na sua democracia de interdependentes do erário público não existe opositores mas sim inimigos a abater, vamos "matá-los"! As notícias regionais concebem heróis para serem eleitos, a par de um grupo que faz oposição mas não mossa e onde figuram como imagens de pluralismo. Há bem pouco tempo uma vendeu-se e é vê-la a ter tempo de antena porque será facilmente silenciada na campanha, basta fechar a torneira do subsídio. Isto não é maquiavélico? Observar a situação na autarquia e a consequência imediata com a visibilidade autorizada na comunicação social?

Outro pormenor, os partidos pequenos têm razão, merecem outra cobertura jornalística porque fazem parte da democracia, se os jornalistas acabarem com a sua profusa agenda de propaganda e compromissos obscuros de certeza que arranjam tempo. O problema é se "gente menor" que causa enfado e não traz lucro para as suas carreiras, interfere na democracia do partido dominante ofegante e cada vez mais frágil. Oxalá que o poder não fique pendurado por alguns votos de um pequeno partido ostracizado, ainda mais pequeno do que o CDS e que, na hora da notícia, lhes faça um manguito e use o Correio da Madeira.

A Madeira merece uma secção na comunicação social do continente todos os dias. Aqui não há jornalismo mas fingimentos.

25 de janeiro de 2021: Link da Notícia

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2023
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