Na lavandaria Madeira, Jardim lava mais branco.


A entrevista de Jardim (link) mostra o revisionismo que pretende fazer com o beneplácito dos jornalistas. Parece o que acontece com aquelas pessoas que, sendo más a vida inteira, passam a ser os seres humanos mais exemplares logo que morrem. Assim é Jardim. Parece que, o facto de ter deixado de ser presidente do Governo Regional e do PSD, passou automaticamente uma borracha sobre todo o mal que esse sujeito fez à Madeira e aos Madeirenses. Uma versão romântica de um ditador que, julgado politicamente morto, passou a ser um arauto da verdade a ponto de ser comentador na RTP-M, a andar aos abraços com o poder económico e com os  tarefeiros jornalísticos que branqueiam a realidade regional.

A obra de Jardim não devia ser enaltecida. Tudo o que ele diz que fez (estradas, redes de águas e esgotos, redes elétricas, edifícios públicos) também foi feito noutros locais do país sem que Jardim tivesse qualquer intervenção. O progresso seria uma inevitabilidade mesmo que Jardim nunca tivesse dado o salto do Salazarismo (que apoiou) para a democracia pós-25 de Abril, que lhe abriu as portas para criar na Madeira uma ditadura à moda sul-americana.

E a pior obra de Jardim é o atraso cultural que infligiu aos madeirenses, tornando gente forte e trabalhadora numa massa amorfa de viciados no "jeitinho e na cunha", vivendo à sombra do cartão do Partido que abre caminho a um futuro melhor à custa da exploração dos seus semelhantes.

Por mais que queiram transformar um velhaco rancoroso num velhinho ternurento, um ditador será sempre um ditador.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 5 de Fevereiro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira 

Enviar um comentário

0 Comentários