A Madeira do Medo


O ntem, um colaborador do CM avisou que num determinado dia atingimos números astronómicos para a dimensão da Madeira. Sinceramente, o foco é tentar que os textos saiam sem erros e gralhas, procurar imagens que melhor encarnem o texto ou um título, coisas que muitas vezes se esquecem de enviar. De colocar links e provas, documentos. O resto não ficará por acontecer naturalmente como resultado do trabalho.

Sabemos que a Madeira é a terra do medo, pela simples razão de comparar a quantidade de pessoas que leem em contraponto com as reações ou comentários. Não nos lamentamos disso, faz parte do jogo da liberdade de opinar no nosso ambiente. Pela moderação e qualidade dos textos que chegam, sabemos o nosso lugar e quão inconvenientes somos. Sabemos que temos pensadores e gente comum. Sabemos que as realidades irritam quem faz propaganda e quem se estabeleceu no regime. Estes podem ser na quantidade que quiserem porque ela não dá razão, até porque se somarmos os que têm medo, estão calados, emigram e são abstencionistas comparando por quantos votos efetivos muitos ganham poder, percebemos a fraqueza dos vencedores e a derrota dos vencidos.

Simplesmente, tudo isto funciona na bitola errada por causa do medo e quando começamos o Correio da Madeira foi para dar opinião pública visível, sem o inconveniente de vidas perseguidas, assédios e da maldade que vai crescendo com o poder na mão de gente mal formada, até a aniquilação, deixar as pessoas sem vida como castigo da política que deve imperar. Temos gente que não merece ganhar a vida e ser útil, gente que não merece dormir, etc.

Por agora faz-se um Compromisso 2030 para arrebanhar votos e gente para a campanha eleitoral, mas o regime não quer saber da opinião de ninguém, o modelo continuará inalterado passadas as eleições. Se voltarem a cair, ao fim de 47 anos, é porque querem, aqueles que votam, porque os que têm medo não contam. A opinião pública é importante para fazer o contraditório.

Há muito trabalho que não se vê no Correio da Madeira, por exemplo existir há 6 anos neste ambiente, não ser queimado em ciladas, por inexperiência ou falta de visão, como estamos a assistir na inversão de objetivos na Comissão de Inquérito que parece uma fogueira do Tribunal da Santo Ofício. Lembram-se, contra todos que atentavam contra a Igreja, a mesma que tem dias negros nos nossos dias por não fazer contraditório, por esconder, por querer parecer e não ser. Será o Correio da Madeira uma heresia, blasfémia, bruxaria e costumes considerados desviantes nos dias de hoje?

Para além do medo, existem as paróquias dos egos, as más vontades daqueles que têm projetos pessoais e não coletivos, os que vivem aflitos por manter a notoriedade enquanto vício, os parasitas da rede que nada têm de si mas são uma soma de todos para cair em boas graças. Temos os que preferem que fique tudo igual porque, com estes, sabem com o que contam em vez de arriscar a mudar ...

Mudanças fazem parte da vida que é um ciclo constante, e se pararmos este ciclo por medo das mudanças, estaremos sabotando nossas chances! Sendo assim, não tentamos, não mudamos, nos “acostumamos” e simplesmente estagnamos! Mas vida é ação, é movimento constante e como a água, se ficar muito parada apodrece, e com ela também os sonhos, as vontades, as idealizações... Silvana Lance

Contem que um dia o Correio da Madeira pode desaparecer de repente, não pelos inimigos mas pelos supostos amigos. Os que leem mas diabolizam, entregando a verdade aos mentirosos. Zele pelo que é seu e não no interesse da fábrica de pobres. Depois não fiquem tristes porque gostavam do jogo assim, em posição comodista, de falsos moralismos e que perderam um belo alicerce, a opinião pública. Guarde para si o conhecimento e depois lamente-se que a mentira ultrapassa sempre a verdade. Olhe à sua volta e perceba o governo que temos, as pretensões dos Donos Disto Tudo, a inércia da Justiça, a mordaça nos jornalistas e a aniquilação da deontologia, a paródia autocrática que se reflete na Assembleia Regional, na mentira que suporta tudo sempre igual e para os mesmos, depois pergunte se o futuro será sempre assim, endividados, quando o mundo muda e nós somos muito frágeis. Se faltar o dinheiro de fora, o que somos e seremos?

Acredita mesmo numa ilha de vanguarda com a Saúde que temos, com a pobreza que alastra, a dívida dissimulada sob a regra da mentira? Quando estoirar o seu medo parecerá uma infantilidade, não se mexeu quando havia salvação. Entregamos todas as condições para que a Madeira evolua, faça-se ouvir e deixe-se de maus instintos, deixe de ser omisso com os bons e um fingido colaboracionista dos maus.

Quando nos habituamos a que tudo seja como sempre foi anulamos a mudança, perdemos quem pensa diferente e o ambiente que fez evoluir o ser humano. O contraditório é importante para a descoberta, veja esta interpretação das peças do xadrez, é impossível não pensar na vida real e a quantidade de falsos que a Madeira tem.


Correio da Madeira

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