P rimeiro confesso que não costumo ler os artigos de João Jardim no JM, porque não tenho pachorra para ler textos chatos e enfadonhos que só fazem perder o meu tempo. Mas como as notícias de hoje da imprensa são propaganda política, decidi fazer um esforço e ler a verborreia de João Jardim (link).
Não fosse João Jardim um rato político, o seu artigo de hoje - por coincidência no dia de greve da função Publica - no JM seria sobre batatas e cebolas e não sobre a Administração Pública.
Depois de uns parágrafos sem nexo, e lá para o meio do texto João Jardim apercebe-se que os Funcionários Públicos são uma parte importante na votação do PSD, lembra-se de incentivar os leitores defendendo “a ideia de premiar o Mérito está praticamente arredia(da) de quase todas as carreiras da administração pública”. Não percebi esta! E não é isto mesmo o que seu Partido fez durante muitos anos?
Foi um erro? Um deslize infeliz?
Se na dúvida fiquei, mais à frente fiquei definitivamente elucidado quando afirma “Se o Mérito e a Produtividade fossem critérios imperantes, como é próprio de um país civilizado - e não deste - mesmo assim, com a partidocracia vigente e todos confundidos, a começar pelas próprias instituições públicas, não demoraria a se instalar, quer sob a forma de realidade, quer sob a forma de suspeita, o sentimento generalizado de o reconhecimento oficial do tal Mérito ou da tal Produtividade acontecer por obra e graça do cartãozinho partidário”. Qual cartão? O laranja? Esqueceu-se de falar dos 33 milhões por ano das nomeações do seu Partido?
E se a salganhada do seu texto já não fosse confusa, João Jardim não esquece a digitalização afirmando que “Vá lá que a Providência Divina iluminou os Seres Humanos em termos de chegarmos agora ao estádio da Digitalização”.
E se tudo isto já não fosse paupérrimo, mais à frente não perde a oportunidade de criticar o Estado, insinuando que há políticos que fizeram fortuna com “E que fez a fortuna de alguma gente má”. Estará a se referir a alguém nosso conhecido?
Entre as críticas à política do Estado, Jardim volta a lembrar-se dos grevistas e escreve que “(…)há mais Direitos, mas não se compreende os obstáculos para a efetivação pessoal na carreira”. Que lindo! Que repentina paixão pelos Funcionários Públicos quando sabe que vai precisar dos votos dos Funcionários Públicos em setembro.
E o jogo das palavras sujas continua com “Observem ao que chegou o Sistema partidocrático que gramamos e que substituiu o Regime Democrático que desejamos”, estará a falar de Portugal ou do seu PSD-Madeira?
Para terminar, lanço um desafio aos leitores do CM: substituam no texto de João Jardim a palavra “Portugal” por “Madeira” e vão ver que o texto fica muito melhor.
Obrigado pela atenção despendida.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta feira, 17 de Março de 2023
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