U m partido politico não pode apenas criticar e com isso ser um farol da crítica negativa, quando sim, pela positiva, deve ser um farol de mudança e de inovação. É certo e por demais evidente que o nosso SRS/RAM enferma de muitos problemas, e todos sabem que para a sua solução carece da coragem de o mudar e inovar.
Também, sabemos que o foco, no cliente e na família, é fundamental para o sucesso de um SRS/RAM e das suas empresas associadas, já que hoje o SESARAM vende e oferece serviços de saúde como se empresa fosse, com respeito absoluto pela sua obrigação constitucional em garantir esse mesmo serviço. Então, como empresa, deveria apostar na qualidade e na satisfação do cliente, o mesmo cliente que em listas de espera deve ser protegido, em termos de fazer valer a equidade.
Primeiro, se quer garantir e fazer cumprir a sua obrigação constitucional, deve o sector público ter controlo absoluto sobre os serviços que contratualiza ao sector privado da saúde, em especial no que concerne a cada família ter o seu médico e, nas listas de espera cirúrgicas, garantir a gestão com justiça e equidade. Deixemos para mais tarde o respetivo regulamento ou o eventual decreto-lei regional responsável pela sua concretização.
Garantir à população médico de família com o recurso aos contratos com a privada, onde se incluem trabalhadores do sector da saúde, independentes, em avenças contratuais com o SRS/RAM, devidamente reguladas por lei, a criar ou a inovar.
A comparticipação de serviços de saúde terá de ser alargada a todos, sem exceção, também profissionais de saúde que exerçam na privada, sejam eles trabalhadores independentes ou empresas.
É nuclear que se garanta à população a satisfação e a oferta de cuidados e tratamentos de saúde, por forma a que o grau de comparticipação possa incluir a total gratuitidade, garantindo o seu acesso universal a quem do mesmo tiver direito, garantido pelo preceito constitucional.
Mas também é nuclear a inovação da estrutura organizacional interna do SESARAM, com o aproveitamento das novas tecnologias até á exaustão, assim alcançará o aproveitamento racional dos seus recursos humanos, premiando o mérito e a competência.
O SESARAM apresenta falhas internas graves, erros de palmatória que, a serem corrigidos, podem fazer dele um dos melhores serviços públicos de saúde na Europa. Ainda não o é em termos de cuidados transfronteiriços dentro da UE, não é referência, mas poderá ser em termos de algumas valências, na globalidade, ainda carece de muito trabalho.
A aposta no internamento domiciliário não pode ficar apenas pela iniciativa de satisfazer o marketing político, deve sim satisfazer o cliente, garantindo segurança e qualidade, prevenir e conter o abandono de pessoas nos hospitais públicos. Deve apostar na diminuição das taxas de reinternamento no pós alta recente, focando a sua intervenção numa maior aposta no apoio das famílias e cuidadores nos domicílios, tendo aqui as novas ferramentas da comunicação um papel crucial, as redes sociais, ao serviço da saúde e da otimização na oferta de serviços e aconselhamento.
Em breve e noutro documento, daremos a conhecer como as novas ferramentas da comunicação na Saúde podem ajudar a prestar um melhor serviço, em tempo real, rápido, evitando vindas desnecessárias aos serviços de urgência, aumentando a confiança das pessoas, dos cuidadores e das famílias que gerem crises de doença, que em muito as afetam na gestão do seu dia-a-dia.
Focados que estamos em criticas construtivas, queremos também potenciar os efeitos benéficos daquilo que de muito bom se tem apresentado no SESARAM, apostados também em eliminar tudo aquilo que tem de muito mau o atual SRS/RAM, em especial, no que concerne ao trabalho em rede e em parceria com o social, algo que nunca deveria ter sido separado da saúde.
Cordiais cumprimentos trabalhistas, sempre pela Madeira.
Partido Trabalhista Português
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta feira, 27 de Abril de 2023
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