Amanhã o Marítimo realiza uma assembleia geral extraordinária para auscultar e submeter à apreciação dos sócios o seu futuro a longo prazo.
O s sócios que acham que vão a esta assembleia chamar nomes aos dirigentes, que vão pedir demissões e saber onde andam milhões, é mesmo só uma mera ilusão e nem vale a pena irem para lá com esses discursos de rebeldes de bancada tirados de redes sociais porque não é disso que se trata.
Guardem isso para a assembleia que o Brites e o Carlos André pediram há duas semanas e aí podem fazer a dança das cadeiras com os cânticos das bruxas. Neste momento é muito importante todos os sócios estarem atentos, amanhã o Marítimo vai pedir autorização a todos os sócios para vender uma % das quotas que o Clube Sport Marítimo detém e que são da SAD, o que nunca será na sua maioria e rondará os 40%.
O CSM é dono de 51% da SAD do CSM e quer autorização para vender entre 30 a 40% dessas quotas a investidores/fundos financeiros nacionais e internacionais (presumo eu).
Caro Maritimista, esta é uma operação que está em voga e que todos os clubes modernos e competitivos já passaram, em alguns casos correu bem noutros nem por isso e então quais são as diretivas para que todos nós possamos votar em consciência e ajudar o clube?
Agora chegou a nossa vez e temos de estar sóbrios e despejados de todas os macacos no sótão e encarar a realidade que nos será apresentada.
Em primeiro lugar é necessário saber como é que a SAD funciona em termos de financiamento.
Neste momento recebe dinheiro do Governo Regional, das televisões, de alguns direitos desportivos, de patrocinadores solidários caso da ECM, receitas de camarotes, bilhética e da marca Marítimo e receitas de vendas de ativos desportivos (jogadores e direitos relacionados com essas vendas)
A próxima época traz-nos um défice nestes apoios porque o dinheiro das Televisões não vai entrar e é um valor que pode chegar aos 7M.
Para podermos votar são necessárias 3 premissas:
- OUVIR - tudo o que for apresentado amanhã tem de ser ouvido e com toda a atenção, desde logo para perceber qual a % que vai ser vendida, como será feita essa venda, quem são os interessados e que benefícios isso trará a curto e a longo prazo para o futebol do CSM, quais as vantagens e desvantagens e finalmente quem são esses investidores.
- PERGUNTAR - É muito importante saber se vamos perder a maioria na SAD, ou seja, se vamos vender mais ou menos de 50%, é preciso saber se quem compra essas ações as pode vender a quem quiser, quando quiser, ao preço que quiser, ou terá sempre de vender ao Marítimo e qual o preço dessa nova venda. Saber também se esse investimento, será nos mesmos termos que por exemplo o do Governo Regional, ou seja, anual, se o investidor terá a obrigação de todos os anos investir um valor mínimo ou um valor máximo, se desse investimento virão jogadores de fundos ou bolsas de ativos desportivos. Saber se o investidor será também administrador da SAD e terá influência nas decisões desportivas na delimitação dos objetivos para as diferentes épocas e o mais importante é a origem desses investidores e quando chegam.
- VOTAR - Sim - e o Marítimo entra numa nova era desportiva que terá resultados visíveis a longo prazo, numa decisão que só será consagrada daqui a uma época, mas que poderá igualar e fazer crescer o Marítimo colocando-o a par com os clubes mais competitivos, porque trará novos investimentos externos e internos, terá jogadores de mais qualidade porque, o investidor não quererá perder o seu investimento dotando o clube de jogadores duvidosos e fruto de mercados de comissão, em suma, quem vai investir quer retorno e o retorno faz-se com resultados positivos e plantéis de qualidade. Não – O Marítimo mantém o formato atual de gestão, limitado aos financiamentos habituais, vai jogar época atrás de época dependente de jogadores de mercados de comissão, o clube mantém a sua participação na SAD e terá de se reorganizar financeiramente através de capital próprio para suportar as estruturas profissionais que mantem.
Apesar dos maus resultados das épocas passadas, da descida de divisão e outros problemas, estamos num momento e numa fase em que não podemos divagar para utopias, temos de ser conscientes e perceber que esta é uma decisão de todos os Maritimistas e que tem de ser tomada com a consciência posta no CSM e não como uma “vendeta” contra a atual administração ou como uma posição contra os que lá estão.
É preciso perceber que todos nós somos Maritimistas, nós sócios e os que lá estão, sócios e administradores, somos todos do Marítimo e é disso que se trata amanhã, não é um campo de batalha contra quem quer demissões e sangue e quem quer proteger interesses ou até quem quer lavar roupa suja.
Amanhã temos de ser aquilo que sempre fomos, uma família unida e saber decidir se queremos manter a nossa estrutura como está ou seguir o rumo da modernização através de investimentos e a única forma de podermos tomar esta decisão pelo Marítimo de forma consciente é sermos leais ao clube e afastar inimizades e discussões de pescadas com rabo na boca que não nos levam a lado nenhum.
Querem mandar aquelas pessoas embora, querem chamar nomes e pedir responsabilidades, façam-no, mas depois do Marítimo e depois de estarmos no caminho certo, seja pelo sim ou pelo não.
Se esta administração se for embora neste momento, com ela vai a SAD e todo o projeto desportivo para a próxima época, onde se inclui diretores desportivos, treinadores e se calhar alguns jogadores e quem acha que antes de outubro consegue lá chegar e reestruturar o futebol engane-se, não é possível, porque além de termos perdido receita importantíssima ninguém vai querer negociar com um clube rebelado e instável.
Amanhã é o dia D para o Marítimo, vamos todos ouvir, perguntar e votar para bem do Marítimo.
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 26 de Junho de 2023
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