A Direção Regional de Cultura (D.R.C.) é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento cultural de uma região. Detentora de um imenso potencial para alavancar o crescimento artístico e garantir a estabilidade do tecido cultural, espera-se que esta instituição desempenhe um papel crucial na promoção da excelência e igualdade de oportunidades. Contudo, ao dissecar de perto o funcionamento da D.R.C, deparamo-nos com uma realidade perturbadora de “corrupção” e incompetência.
A figura central desta trama sinistra é a diretora e o “seu cônjuge”, cujas práticas cada vez mais degradantes têm causado indignação e descrença. A “corrupção” surge como uma mancha difusa que se espalha silenciosamente, favorecendo os projetos formados em cima do joelho pelos seus amigos artistas, e militantes do sistema. A imparcialidade e a meritocracia são vilipendiadas em prol de interesses obscuros, o que fomenta a falta de confiança e enfraquece, irremediavelmente, a credibilidade da D.R.C.
Além disso, a ineficácia no tratamento de problemas graves relacionados com a estabilidade do tecido cultural é alarmante. A demora em responder e aprovar candidaturas, que foram entregues em novembro de 2022, é uma afronta àqueles que depositaram a sua confiança na D.R.C. O tempo é um bem precioso, e a falta de resposta ameaça a própria execução, produção e viabilidade dos projetos em causa. A Direção Regional de Cultura, ao permitir tal morosidade, demonstra um desrespeito flagrante pela relevância e urgência que os assuntos culturais merecem.
Outro aspeto preocupante é a designação de certos artistas para os palcos e eventos regionais, em detrimento de outros artistas que não conseguem apresentar o seu trabalho ao vivo, ao serem aniquilados, logo de princípio por uma não compactuação com o “esquema montado”. Este ambiente de cunhas e compadrios limita a diversidade artística e bloqueia o acesso dos artistas menos privilegiados ao reconhecimento que tanto merecem. É inaceitável que num meio tão pequeno, onde cada oportunidade deve ser aproveitada para fortalecer a cultura, se perpetuem exclusões e favorecimentos desmedidos.
É chegada a altura de questionar a integridade da Direção Regional de Cultura e exigir mudanças significativas. A “corrupção” e a incompetência que corroem esta instituição não podem continuar impunes. Os artistas, as associações culturais e toda a comunidade devem unir-se e pressionar por uma D.R.C. mais justa, transparente e ágil nas suas respostas.
É uma responsabilidade ética e cívica lutar por um ambiente cultural que promova a excelência, a diversidade e a igualdade de oportunidades. Através de um olhar atento e crítico sobre a Direção Regional de Cultura, podemos trilhar o caminho para uma mudança profunda e urgente.
É com profunda repulsão que trago à tona outra questão que vem minando o cenário artístico regional: a flagrante ineficácia do Secretário Regional do Turismo relativamente à ineptidão da DRC, no apoio aos talentosos artistas locais. Essa situação é um verdadeiro ultraje à cultura e um insulto à criatividade que pulsa nas veias criativas da nossa região.
Enquanto o potencial artístico da região se desdobra numa efervescência de talento, o que se observa por parte do Secretário Regional do Turismo e da DRC é uma triste estagnação. Os palcos e grandes eventos são sistematicamente direcionados para os mesmos artistas, criando uma espécie de aristocracia musical, onde os favores se perpetuam e impedem a renovação artística que é tão vital para o crescimento cultural de uma região.
E o que dizer dos cachês, senão uma distorção chocante e revoltante? Enquanto artistas regionais, muitos deles com brilhantismo comprovado, lutam para encontrar oportunidades e sustento para suas carreiras, os mesmos de sempre são agraciados com cachês exorbitantes, gerando uma clara e injusta disparidade financeira entre os artistas locais.
Essa conivência entre o Secretário Regional do Turismo, a DRC e os artistas consagrados é um soco no estômago de todos os que anseiam por uma cultura regional genuinamente vibrante e inclusiva. É iminente questionar os interesses ocultos que sustentam essa teia de favorecimentos e privilégios, que mantém a criatividade e a diversidade artística sufocadas.
Os nossos artistas locais merecem mais do que migalhas lançadas à sua volta, enquanto os holofotes continuam iluminando os mesmos de sempre. É chegada a hora de uma mudança radical, onde o talento genuíno seja apoiado, valorizado e incentivado, independentemente de conexões políticas ou ligações com a elite artística.
O Secretário Regional do Turismo deve prestar contas à população e que justifique a sua inércia perante esta situação escandalosa. Não é suficiente apenas apregoar o turismo cultural como uma das chaves do desenvolvimento regional, é necessário agir com coragem para que a cultura local floresça em todo o seu esplendor.
Apelo à sociedade civil a se erguer e exigir uma mudança nesta política de favorecimentos e desigualdades. É urgente que os recursos sejam distribuídos de forma justa, que o apoio seja dado aos artistas emergentes, que as portas dos palcos se abram para novas vozes, e que a DRC cumpra a sua função de promover a cultura com o rigor e a imparcialidade que a população merece.
Se não tomarmos uma posição firme e enérgica contra essa situação, estaremos compactuando com a continuação de um cenário cultural opaco, onde a criatividade definha e a inovação é sufocada pela insuficiência e pelos interesses escusos. Unidos podemos construir uma região onde a cultura seja uma força viva, capaz de transcender as barreiras da mesmice, e impulsionar o desenvolvimento regional em todas as suas dimensões.
Chega de favorecimentos, chega de estagnação! É hora de dar voz aos artistas regionais e de lutar pela justiça e igualdade no cenário cultural. A mudança começa agora, e é nossa responsabilidade garantir que ela aconteça.
A cultura merece ser preservada e fortalecida, colocando de parte interesses pessoais e privilegiando o bem comum. Enquanto sociedade, não podemos permitir que a “corrupção” e a incompetência continuem a minar os alicerces de um setor tão essencial para o desenvolvimento humano. A hora da ação é agora.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 5 de Julho de 2023
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