N ão se entende porque é que Pedro Calado anuncia em Lisboa a intenção de avançar com o Projeto do Toco, porque como os seus colegas dizem e riem-se, esses órgãos de comunicação social não têm expressão. Por algum motivo ele é o "cobiçado de honra" no show das empresas de imobiliário em Lisboa. É como o "Constantino", a fama que vem de longe.
O Funchal não tem um Presidente de Câmara, mas um prospetor de obras para o seu patrão. Muito avisaram na campanha eleitoral. É preciso fazer um desenho aos funchalenses? No futuro será aos madeirenses? Se sim são iguais ao Calado. Tudo isto é muito bonito e levanta cobiça mas sabemos para quem é o lucro e para quem é a dívida. Andam a se atirar a obras megalómanas.
Quando ouço "Toco" lembro-me da insolúvel zona da Calheta conquistada ao mar e que a miúde se vê a braços com pedras a cair por mais intervenções que façam. Mas isso que importa se rodar dinheiro. Mas e o tsunami que leva a aumentar a Pontinha, chegará ao Projecto do Toco ou a Pontinha depois leva novo acrescento até ao Garajau?
A 10 de Novembro de 2003, o saudoso jornalista Tolentino Nóbrega noticiava assim:
(...) a concepção, construção e exploração da marina da praia do Toco, na zona leste da cidade. O valor do empreendimento deverá ultrapassar os 200 milhões de euros, sendo de cem anos o prazo de concessão, que poderá ser prorrogado por períodos de vinte. O concurso tem por objecto a construção e exploração de um porto de recreio. Inclui também a construção e exploração de edifícios destinados a comércio, escritórios, habitação, hotelaria, equipamentos e serviços na frente marítima entre a praia da Barreirinha e o centro polivalente do Lazareto. (...) uma vez reunidas as necessárias condições legais, será atribuído à Câmara do Funchal o direito de uso privativo da parcela do domínio público marítimo necessário à implantação do empreendimento.Em contrapartida, a concessionária pagará à câmara uma anuidade correspondente ao valor indicado na sua proposta, com o mínimo de 500 mil euros. (...) A zona afecta à concessão tem uma área próxima dos cem mil metros quadrados, metade dos quais será conquistada ao mar por terraplenagem, possível devido à existência de baixios nas proximidades da costa. A área edificada acima do solo atingirá os cem mil metros quadrados, sendo de 70 mil a edificada abaixo do solo. A oeste, o concessionário ampliará o complexo balnear da Barreirinha, para responder à crescente procura numa cidade com poucos acessos ao mar. Desenvolverá também serviços complementares de natureza habitacional e de escritórios, cuja área bruta de construção máxima é de 58 mil metros quadrados, estando os andares térreos destinados ao comércio e restauração. O aparthotel e o hotel a construir na zona leste do complexo, com uma área máxima de 32 mil metros quadrados, (...) o porto de recreio, com uma área mínima molhada de 31 mil metros quadrados, disponibilizará um número mínino de 300 amarrações divididas por duas marinas. O complexo, com pavilhão multiusos e dois mil lugares para automóveis (...) Link
A Sui Generis democracia da Madeira, com gente que controla tudo que decida o seu futuro, até aqui estão cada vez mais pobres numa ilha inviável para se viver, onde ir ao supermercado é o desafio e comprar casa é impossível. É sempre tudo em prol da Madeira e dos madeirenses, porque nunca têm uma vida melhor?
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 4 de Julho de 2023
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