Para onde quer ir o madeirense?


Muito boa tarde a todos os que leem e escrevem no Correio da Madeira e aqueles que mantém o site, porque com certeza não anda sozinho. Esta é a primeira vez que escrevo, hurra.

A migos, ninguém pode dizer que no CM se escrevem notícias, fala-se de assuntos que rondam o que conhecemos ou suspeitamos. O que acontece é que o comentário sai do foro da conversa privada para um âmbito de conhecimento geral. O que quero dizer com isto é que a forma como se conta o assunto pode nos surpreender, mas o que se passa de forma generalizada não.

Comecemos pelo princípio, havia alguns bandidos, ladrões, patifes e aldrabões, cínicos, bandalhos e cabrões, havia de tudo em pouca quantidade. À medida que eles foram tendo sucesso, porque os líderes são de má qualidade e as instituições e autoridades não exercem ou fiscalizam, outros cientes da vantagem sem castigo, começaram a imitar. A má postura ética e moral foi crescendo, ao ponto de nesta sociedade não se acreditar no mérito mas sim na cunha. Não se acredita na Justiça mas sim em ir de boleia na máfia que tudo controla. Não acreditamos na democracia minada pelos mandaretes dos oligarcas por todo lado. E porque a sociedade se tornou medíocre e de expedientes, quase todos têm o cinismo de parecer mas de facto jogam o jogo podre. Dizem que é uma questão de sobrevivência. Vejo pessoas que foram das boas na oposição, cansadas, vergadas e silenciadas a fazer o jogo do poder. Por eles vejo que a permanência dos mesmos no poder, há 47 anos, a par da nossa esperança de vida, faz-nos pensar que é preciso arrepiar caminho, talvez pensando nalgum conforto na velhice. Dá que pensar a forma como este poder permanente destrói as boas sementes por questões mundanas de existência.

Toda a sociedade madeirense sabe o que está certo e errado, contudo, quando toca a agir vai pela trapaça para aumentar a sua percentagem de sucesso. No contexto civilizacional e de conhecimento da Madeira isso pode dar certos mas, imagine um centro de investigação, um lugar de invenções, um sítio de avanços tecnológicos e conquistas da ciência, naqueles lugares em que sem conhecimentos não contas, qual é o lugar da mediocridade? Não há lugar! Significa que podemos nos pintar de vanguarda mas sem desafios, unicamente em expedientes, não passamos, quiçá, da terceira divisão do mundo.

Atenção, cada vez mais, os nossos melhores partem e não ficam mais do que aqueles que não podem sair ou querem jogar o jogo da podridão. Eu assustei-me com a pior projeção para 2080, onde seremos só 94.590, e também reparei, desculpem a franqueza, de um cometário besta, dos tais que zelam pela podridão, a dizer que os outros não sabem interpretar. Vi nele outro igual aos negacionistas das alterações climáticas que agora estão mudos. Eu só desejei ter poderes de lhe oferecer 200 anos de vida para comer e sofrer o que os outros avisam e que, ele sentado na podridão, não quer aceitar, porque está bem no seu egoísmo.

Pergunta-se "para onde o madeirense quer ir?" neste modelo que já só vive com e para 64.000 monopolistas sobre si mesmos e nas suas áreas no meio de 250 mil. Para os 64 mil não dou designação, é o enigma para que pensem quem serão. Os únicos inimigos da Madeira são os próprios madeirenses e aqueles que desvirtuam eleições pela sua conveniência, estão a criar um lugar muito incompetente e de maus instintos. Quanto mais evolução, alegria e riqueza pintam, menos bate bota com perdigota. Há um nome para quem começou isto, um que não se cala e só ele está certo, tudo o resto são imitações baratas a tornar a Madeira cada vez pior.

Para onde vai a maioria dos filhos de boa cabeça dos que comandam este regime na Madeira? Pasmem-se, saem da Madeira. Os país garantem o dinheiro da podridão para darem um salto para lugar mais saudável. Por cá ficam os bêbados, playboys e os que lhes custou obter o canudo. Se são bons, concorram fora da ilha ... extensivo às altas figuras e governantes de cá. A verdade é esta, sem esquemas não vencem. As Regionais serão mais uma vez a vitória dos esquemas e dos medíocres.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 5 de Julho de 2023
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