As toupeiras socialistas


O PSD governa a Região Autónoma da Madeira há 47 anos. Numa democracia, é tempo a mais. O Partido Socialista apresenta-se, em cada ato eleitoral, como alternativa, mas sempre sem sucesso. Há fatores externos e internos para explicar o insucesso socialista. Externamente, basta referir que o PSD, ao longo dos anos, criou uma rede que domina tudo o que mexe na RAM. E quando não consegue o poder nas freguesias ou municípios, tem as Casas do Povo como seu braço armado.

O PSD fez da maioria dos madeirenses seus lacaios que, a troco de empregos, benesses e apoios, votam sempre no mesmo. Chantageiam, perseguem, oprimem, expropriam quem se opõe. Desenvolvem uma política de bufos e de medos que cerceia a verdadeira cidadania democrática. 

Na Madeira, vive-se uma falsa democracia, ou seja, em déficit democrático.

O PS esforça-se por ser uma alternativa credível. Apresenta sempre um bom programa, tem pessoas competentes, lutadoras, corajosas, mas, no seu seio, há umas toupeiras que roem a corda dos líderes e tudo fazem para que o partido não descole. 

É triste ver o seu líder, o bem-intencionado e até bem preparado Sérgio Gonçalves a fazer campanha, um bom trabalho de campo, e algumas figuras a primarem pela sua ausência ou na coscuvilhice maledicente.

Como se pode entender que Carlos Pereira, destacado membro do PS, deputado à Assembleia da República, que sempre se serve da comunicação social, para divulgar o seu trabalho, não venha agora para o terreno ajudar o seu líder a vencer as eleições? Ou só visita os eleitores quando há eleições que lhe garantam o tacho?

O mesmo pergunto a respeito da ausência da ex-deputada ao Parlamento Europeu, que escreve no Diário de Notícias e comenta na TSF, mentindo, criticando e denegrindo o seu partido? Porque esta professora universitária não vai para o porta-à-porta convencer os eleitores em vez de ficar a comentar o que não sabe e a intrigar dentro do seu PS?

Referi só dois exemplos, por serem mais mediáticos, e também porque aqui devemos sobretudo falar de casos e não de pessoas. Mas, realmente, quando se fala de toupeiras que minam e corroem o PS, não se pode esconder nomes, pois são por demais visíveis.

Se o PS quer derrotar o PSD tem de se unir, ir para o terreno com todos. Mostrar a sua força e a esperança na mudança. Correr com os que por lá andam, há anos, a tramar os líderes, porque, na sua pequenez, querem mostrar-se grandes ou uma espécie de reserva socialista para uma ocasião mais propícia. De facto, são gente desconhecida do povo. E pior, não querem se misturar com o povo. Preferem a intriga dos “media” e dos cafés.

Sou socialista, não militante, e quero ver o “meu” partido a governar a Madeira. Para isso, temos de nos unir e caçar as toupeiras.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 1 de Setembro de 2023
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