Direção Regional da Cultura - uma casa a arder


nquestionavelmente, nos últimos tempos foram dedicadas inúmeras reflexões à Direção Regional da Cultura, frequentemente atreladas às personalidades de uma Técnica Superiora de Dinamização Cultural, e da diretora desta instituição. Nos tempos recentes, é com profundo desalento que testemunhamos a contínua manifestação de profundas disfunções no seio da DRC.

Na condição de artistas, somos instados a externar a nossa revolta coletiva perante esta instituição que, ao invés de fomentar e salvaguardar a cultura, parece enraizada em práticas corruptas e nepotismo.

É verdadeiramente estarrecedor presenciar a recorrência dos dilemas que emergem da Direção Regional da Cultura, destacados pela exposição de contratos públicos viciados, favorecimento de amizades e um sistema que aparenta servir exclusivamente a interesses pessoais, em detrimento da comunidade artística e cultural da Madeira. Tais flagrantes iniquidades lançam uma luz acusatória sobre a gestão dessa instituição.

Mais perturbador ainda é a aparente complacência por parte do (des)governo regional diante dessas práticas. É inadmissível que aqueles eleitos para resguardar os interesses do povo e da cultura ignorem de forma sistemática as denúncias e a corrupção ostensiva que se desenrola perante os seus olhos. A cultura constitui um elemento essencial da identidade de qualquer região e merece ser tratada com consideração e integridade.

Ainda mais inquietante é o facto de que até mesmo os líderes de partidos de oposição, que teoricamente deveriam atuar como contrapeso ao governo, parecem estar conscientes desses abusos, permanecendo apáticos. Apresentam-se dispostos a ignorar o sofrimento da comunidade artística da Madeira em prol dos seus próprios interesses políticos.

O Governo Regional e os partidos de oposição carregam consigo uma responsabilidade moral e ética inescapável, em defesa da cultura e da justiça. No entanto, infelizmente, demonstram maior interesse em manter o status quo do que em adotar as medidas devidas. Essa inércia revela-se profundamente desapontante e prejudicial a todos os artistas da Madeira. É fato inconteste que qualquer manifestação cultural desempenha um papel fundamental na construção da identidade de uma sociedade e constitui uma força motriz para o desenvolvimento econômico e social. A cultura enriquece as nossas vidas e fomenta a coesão comunitária. Entretanto, quando a cultura é tratada com desrespeito e manipulada em favor de uma elite privilegiada, toda a sociedade enfrenta consequências, a curto ou longo prazo.

Há muito já era imperativo, pois a situação tornou-se insustentável, que se promova uma mudança radical. O Governo Regional deve, com urgência, conduzir uma investigação aprofundada e erradicar essas práticas corruptas no seio da Direção Regional da Cultura. Os partidos de oposição devem desempenhar o seu papel de fiscalização e advogar por reformas substanciais

Como artistas, não podemos e não devemos permanecer em silêncio. Representamos a voz da cultura da Madeira, e é nosso dever lutar por justiça e transparência. Precisamos unir as nossas forças, mobilizar a nossa comunidade e pleitear mudanças legítimas. A Direção Regional da Cultura deveria ser um farol de integridade, um bastião de apoio à cultura e às artes. Não podemos permitir que esta instituição persista como um antro de corrupção e favorecimento. É chegado o momento de proclamar um firme "basta" e demandar um futuro mais auspicioso para a cultura da Madeira. A nossa revolta é justa, e a nossa determinação é inabalável. Acreditemos com firmeza que, podemos efetuar a mudança e edificar um ambiente cultural mais justo e transparente em prol de todos os artistas da nossa região.


Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 13 de Setembro de 2023
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