(com a asa protetora do governo PSD/CDS)
V ivemos nas mãos de monopólios, nos transportes marítimos pelo Grupo Sousa, nas obras pelos Afa, Socicorreia, e afins, nos supermercados pelas duas cadeias que se espalharam por toda a ilha. E, pasmem-se, a última loja a abrir foi de novo Continente.
Como se não bastasse termos produtos inflacionados por causa dos fretes marítimos demasiado caros, ainda assistimos a “jogadas” nos preços. Para comprovar a situação, darei um exemplo flagrante e cada leitor, certamente, saberá de muitos outros exemplos, através da sua experiência como consumidor. Na semana passada, comprei uma garrafa de azeite Galo por pouco mais de 5€ (5,39), e hoje deparei-me com esse mesmo produto a custar 7,49€. Reparem na percentagem deste aumento, são 38.96%! Num abrir e fechar de olhos, bastou ouvir-se falar em possível baixa na produção de azeite e o Pingo Doce faz este aumento por antecipação! Isto é que é meter dinheiro em caixa em exagerada prevenção, não é de admirar que, em contexto de crises, estes grupos aumentem consideravelmente os seus lucros.
Em produtos banais, por exemplo, café Nescafé, desodorizantes, etc, há comprovadamente preços bem superiores aos que se encontra em países onde os vencimentos são bem mais elevados, sem que essa diferença de preços possa ser atribuída apenas aos transportes para uma ilha. Verificamos, também, a repercussão do que os monopólios fazem aqui, não há uma sã concorrência no mercado.
O custo de vida está a sufocar as famílias, em várias frentes, e também nesta especulação e concertação de preços nos supermercados. Só me interrogo, onde anda a ARAE? Não há fiscalização? E que dizer do governo regional e do presidente da Câmara do Funchal que compactuam com isto, por exemplo, quando aparecem nas inaugurações, desfazendo-se em elogios. Numa ilha onde a pobreza prolifera, ainda há maiores sacrifícios para pagar as contas do supermercado. A região mais pobre de Portugal com os supermercados mais caros.
Já há muito tempo, o poder hegemónico da Madeira obstaculizou duas iniciativas de termos produtos mais baratos, não deixou o LIDL entrar (cadeia bem conhecida pelos preços acessíveis) e escorraçou o ferry Armas (transportava contentores a bom preço e poderia haver preços mais económicos aqui, da mesma forma que promovia a exportação.
Engraçado, nova novela se viu, quase tragédia, quando o LIDL quis, novamente, instalar-se aqui. Não entro em pormenores pois já são bem conhecidas as forças de bloqueio que encontrou. Os madeirenses vivem escravizados por monopólios, não têm a hipótese de escolher os lugares onde efetuar suas compras, tal como acontece com qualquer português. Somos os portugueses de terceira categoria, pobres e obrigados a andar com a corda ao pescoço para fazer face às despesas básicas de vida.
Os madeirenses devem acordar para a realidade da ilha, devem pensar nas suas dificuldades, olhem com os seus próprios olhos, reflitam a fim de que, no dia 24 de setembro, votem em consciência. Façam sua escolha, votem, não deixem que sejam outros, bem instalados na vida, a ter mais representatividade.
Nota #1: houve dois aumentos em menos de uma semana? É que o valor antigo não confere.
Nota #2: a ARAE é da defesa do vendedor?
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 17 de Setembro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.