E sta é uma análise que qualquer pessoa minimamente inteligente consegue fazer. Ainda assim, pediram-me que a colocasse aqui para que todos possam conhecer a verdade sobre estes 3 dossiers que foram tema de conversa nas eleições. Não o fiz mais cedo, pois poderia estar a colocar em causa aquilo que alguns partidos andaram a dizer na campanha, ofuscando a realidade.
Nota prévia: Sou uma economista, que embora reformada, estou atenta aos dossiers que envolvem a nossa região.
LIDL - É incrível a quantidade de pessoas que pensa que um governo regional pode não querer o investimento de uma multinacional que vem criar emprego e gerar mais economia circular. Obviamente que quer e até recentemente o LIDL agradeceu à CMF e ao Governo pela sua postura e recepção. O LIDL simplesmente adiou o projeto devido à conjuntura atual na Alemanha (de onde é o LIDL). Ora, a Alemanha está numa pré-recessão e numa crise económica que pode afetar a restante Europa ao sofrer os efeitos recessivos da guerra da Ucrânia de uma forma acentuada e que facilmente pode contagiar os outros países, incluindo Portugal, mas uma coisa é certa: o investimento em recursos humanos e em 2 lojas já foi efectuado. E O LIDL na Madeira vai acontecer sim, ou sim.
FERRY - Apenas 20 mil passageiros andaram nas viagens que aconteceram durante os 2 anos que o Albuquerque prometeu e cumpriu. Essas viagens foram bem caras para todos nós. Cada um destes 20 mil passageiros custou 300 euros aos contribuintes Madeirenses, para além do custo que este passageiro teve na aquisição da sua viagem e nem os privados quiseram continuar com a operação, mesmo com o governo da Madeira a investir 3 milhões de euros para cada 3 meses. E mais, o Porto do Funchal deve de continuar a ser um porto para passageiros, um ex-libris da nossa região para o transporte de coisas mais pequenas como acontece com o Lobo Marinho, e não para o transporte de centenas de contentores como alguns iluminados desejam. Para isso, podem usar o porto do Caniçal. O FERRY, depende do governo da República do Costa e essa é uma responsabilidade deles, dado que responsabilidade pela continuidade territorial está consagrada na constituição portuguesa.
HABITAÇÃO - “Os estrangeiros estão a comprar a Madeira toda”. Alguém ainda acredita nisso? Há, de facto, um interesse maior pelos estrangeiros na nossa região pela qualidade e estabilidade de vida que temos, mas não é por isso que os madeirenses não sejam a maior fatia dos compradores de imóveis na região. Ainda assim, o governo teve 2 hipóteses. Ou parava com todo o investimento privado e mandava para o desemprego milhares de pessoas que trabalham no alojamento local, nas limpezas, na restauração e em toda a economia circular que está a promover vários investimentos em toda a região, Ou então o governo faz aquilo que decidiu - e bem - há 2 anos. Construir 800 habitações para renda acessível em toda a região, das quais 600 começam a ficar prontas em 2024, construir várias centenas de habitações a custos controlados com o apoio a fundo perdido na entrada para o crédito habitação, que é o maior entrave para quem quer comprar um imóvel. E mais, na habitação: conhecem o PRAHABITAR que apoia atualmente na compra de imóvel? Ou até mesmo no arrendamento? E o REEQUILIBRAR que apoia na diferença do aumento da prestação devido ao aumento dos juros para quem têm créditos e ultrapassou a taxa de esforço? É assim que se faz soluções claras para as pessoas e não com demagogias baratas.
O que vimos foi demagogia barata de vários partidos nas eleições e também quem tinha o dever de explicar à população não o ter feito devidamente e graças a isso ter que se coligar colocando em causa o desenvolvimento e progresso da nossa região. Veremos os próximos capítulos.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 5 de Outubro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.