O Diário de Notícias, o Correio da Madeira e a Diabolização.

A alternância da verdade.

H á uns anos atrás, no tempo de Alberto João Jardim no Governo e do Blandy no Diário de Notícias, porque o segundo era livre e dizia umas verdades inconvenientes a Jardim, ele e os seus militantes tratavam o DN-M por "o mentiroso". Todos, até mesmo os militantes do PSD gostam de saber da verdade, mesmo com a capacidade que eles têm, a par da disciplina partidária de fazer um imenso coro a dizer o contrário. Hoje em dia, vai ao encontro dos oligarcas e seus interesses porque o PSD político não existe, o que existe é o comando do poder económico sobre os que fingem ser políticos, mas que não passam de gente menor que quer enriquecer e não governar para todos. Aliás, hoje em dia vivemos numa Autonomia Xenófoba Laranja que marginaliza quem não é do PSD e, o Diário de Notícias, brinquedo novo desse novo PSD, é um instrumento. Basta ver o mesmo diretor como mudou! É o mesmo. Se calhar a palavra certa é adaptou-se, parece o negro que se emancipou e que agora mostra aos fazendeiros como sabe dominar os outros negros. A história é a mesma, saída da era esclavagista para a moderna, ou será que não saímos porque somos escravos do dinheiro para viver?

As notícias na era de Jardim, mesmo saídas do "mentiroso" e contra os interesses de alguns, serviam para poder manter um pé na realidade, até para depois se saber como dar a volta para a sua conveniência. Toda a notícia nasce de perguntas básicas que hoje em dia não se usam porque fariam escrutínio e porque trazem atrito. Hoje em dia o Diário de Notícias perdeu tudo isso, é um braço armado do PSD, com alguns cristãos novos que se juntaram aos antigos dos fretes que nunca migraram para melhor como assessor de imprensa. Todos, de forma supostamente ardilosa, manobram as massas.

O esforço é tremendo para parecer e resultar, o problema é que perdeu o interesse para uns e outros, hoje em dia serve para os Governantes que estão errados se tornarem convencidos e entrarem na soberba, de que não vão ser retratados e desmascarados, que não vão ouvir o contraditório e se entalar. Hoje em dia, o Diário de Notícias não é o "mentiroso", porque foi conquistado e é conveniente. Tanto que dou comigo a ver o seu diretor a produzir textos inarráveis de queixume nos teores de Jardim no passado para descredibilizar "o mentiroso", desta feita os inimigos são outros, são as redes sociais e os blogues, porque nesta coisa da vitimização e da diabolização precisamos sempre de um inimigo. O que mudou! O que mudou? Quem mudou!?

Na era de Jardim, com muito menos wireless, tramava-se "o mentiroso" cortando na edição impressa, nas assinaturas e na publicidade, os tasqueiros do PSD não disponibilizavam o Diário de Notícias aos seus clientes, os taxistas metiam conversa a levar água ao moinho, até se exibia o rasgar do Diário de Notícias em público como manifestação degradante de ódio e autocracia.

Sou leitor todos os dias e autor de fim de semana do Correio da Madeira, o novo "mentiroso", e porque a era é de wireless, vejo gente a telefonar a outras a dizer que "puseste um like no Correio da Madeira", serviços públicos fazem com que certos acessos deem erro porque bloqueiam; vejo advogados sujos, tal como jornalistas sujos, a instrumentalizarem a verdade e a urdir soluções com o mesmo intuito de rebentar todos os que substituem "o mentiroso", perante o jornalismo que mudou de lado quando os novos proprietários passaram a ser oligarcas, que nem têm hora de burro, que querem continuar a enriquecer e não saírem de cima, continuando a produzir pobres que são mentirosos. Ao seu lado têm um jornalismo colaboracionista que deixou de ser mentiroso para poder ser jeitoso, que remedeia as broncas. Vejo notícias a desaparecer quando tenho o link porque guardei, vejo artigos de opinião desinteressantes porque todos jogam pelo estado de graça, vejo comentadores sem categoria, verdadeiros fedelhos, a avaliar gente com muito mais valor; vejo gente que se converteu a ser vigiada, porque se converteram há pouco tempo e ainda não são "dos nossos" nem estão homologados.

Falam de autocracia, eu diria que ditadura polida, muito pior do que na era de Jardim, de gente maquiavélica com o trauma de não quererem ser eles os primeiros verdadeiramente derrotados. Vejo os pilares da democracia de cócoras e o quarto poder que não desempenha a sua função a arranjar "inimigos externos". Vejo entre dois maus matutinos um a ultrapassar outro porque arranjou maneira de não ser o brinquedo novo do poder.

Eu julgo que o clique já se fez na população, e porque ninguém sabe fazer melhor por argumentos, o pior de Jardim será o péssimo de Albuquerque, de assédio e opressão no meio de festas, sorrisos e fotografias, num fingido porreirismo e naive, muito mais maldoso do que Jardim. Caricatamente, começou a ser atraiçoado em favor de uma nova era. Atenção ao horroroso que vem a caminho levado ao colo pelo jornalismo, esse impoluto que decide, que é honrado e tem inimigos. O que mudou! O que mudou? Quem mudou!?

E perante todo este cenário, em tom desafiante mas do lado opressor, só resta chamar cobardes quando outros também se adaptaram, é tempo de diabolizar quem diz a verdade para que a população não tenha contraditório nem pense, que ande só em festas sem a respetiva produção e que existem afinal para alimentar a economia dos arraiais da anestesia.

É natural a debandada da Madeira, onde se faz pobres, se "mata" e aparece nos censos. Madeirenses substituídos por estrangeiros e corruptos acarinhados que não são mentirosos. Não temos governo para os madeirenses, para a verdade e para o futuro. Mas também temos uma oposição, com posição de alternância, completamente estúpida, a olhar para o umbigo, a ser igual ao poder e casada com o sistema.

Um bom dia a todos.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 4 de Novembro de 2023
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