O Triunfo dos Porcos.

 

E ra uma vez uma Quinta no meio do Atlântico que era propriedade de um velho agricultor chamado Salazar, um pedante lisboeta de Carcavelos. Na Quinta viviam nove porcos, trinta galinhas, quarenta burros, e cento e cinquenta patos, três cães, duas hienas e uma lontra. A vida não era fácil na Quinta, o agricultor explorava os animais deixando todos à fome durante dias, justificando-se que a ração não dava para todos.

Numa noite de tempestade, o porco mais gordo - conhecido pelo Velho Major – que era respeitado pelos outros animais, farto da pocilga nauseabunda em que vivia, decidiu acordar todos os animais e contar-lhes o sonho que teve sobre uma quinta livre de Homens, em que os animais já não eram explorados, viviam felizes e com muita comida.

Durante o discurso, o Velho Major exorta os outros animais à revolta para derrotar o inimigo de Lisboa, e o discurso termina com o entoar o hino da fúria, "Quinta dos Animais, minha Pátria". A revolta dos animais torna-se real com a expulsão do agricultor pelos cães de fila da Quinta, todos os animais exortam de alegria pela liberdade e Autonomia conquistada. 

Durante os dias de festa e de liberdade que se seguiram, as galinhas e os patos comeram toda a ração e depois olharam para os porcos à espera de mais.

Em nome da liberdade e para vencer a fome, o Velho Major exortou todos os animais a trabalharem para o progresso da Quinta e criou uma “Comissão de Porcos” para conceber programas de desenvolvimento social, saúde, educação e habitação, criando uma assembleia com os burros para votarem nas decisões dos porcos.

Quarenta anos depois, o Velho Major - já senil - retira-se da política, mas a revolução da Quinta dos Animais prossegue, com um novo líder, Bluepig. O animal que era adorado pela vara de porcas da herdade, decidiu pedir à única lontra da Quinta para atravessar o mar e trazer ração de Lisboa, mas infelizmente a lontra comia metade da ração na viagem trazendo os restos para os outros animais.

Em resultado da subalimentação, o Bluepig decidiu um dia que os patos e as galinhas tinham de passar fome para a comida chegar para os porcos e que aqueles que não concordassem podiam sair da Quinta, principalmente as do fundo do galinheiro.

Com o passar do tempo, os cães meteram-se na droga, os porcos tornam-se corruptos e a fome regressou à Quinta, instalando-se uma nova ditadura e provocando o protesto dos patos e das galinhas. Para controlar a revolta da maioria dos animais, o Bluepig decidiu nomear as hienas para ministros da informação da Quinta, com notícias de fartura e de comida para todos, com frases motivadoras como “Paz, Pão, Animais e Liberdade”.

Um belo dia, as galinhas e os patos, fartos da tirania dos porcos, convocam uma reunião para expulsar os suínos, para que fossem dadas oportunidades às outras espécies, de modo a que ninguém passasse mais fome. Na reunião, o BluePig temendo pela vida, depois de ouvir os protestos dos indigentes, fez um grande silêncio, levantou a cabeça e com o ar mais semblante do mundo e sussurrou com uma voz grossa para os outros animais:

- “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros".

No fim da reunião, motivados pela frase do Bluepig, os patos tiveram muitos patinhos e viveram felizes para sempre com o triunfo dos porcos. Perante tamanho sucesso, todos os porcos do mundo querem comprar pocilga na quinta para viverem felizes para sempre.

Agora vou ao supermercado que isto já me passa, fiquem com o entretenimento da Liberdade de Imprensa:


Nota do autor: O Triunfo dos Porcos (Animal Farm) foi plagiado deste original por George Orwell em 1945.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 6 de Dezembro de 2023
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