A quem dever lealdade, ao patrão ou à notícia?


V amos nos por na pele de jornalista encalacrado. Os dias são calmos, o dinheiro que sustenta a empresa de comunicação roda entre subsídios e publicidade forçada (como veículo de financiamento que não tem utilidade ou retorno) e ainda de outros negócios que derramam a bem do todo. Por sua vez, este paga os jornalistas. Em contrapartida tácita, o jornalista que fazia jornalismo no passado, entra em autocensura e se acomoda a fazer os servicinhos a bem da solução que, em total, "inocência" privilegia a perpetuação do poder. Estão imensamente agradecidos atendendo ao estado geral dos média.

Nesta situação, o jornalista inventa o que fazer para ocupar o tempo e o espaço. Desconversa, trata de temas secundários deixando passar outros que se lhe estampam na cara, mas que não liga. São as notícias com os ícones da adoração básica, figuras desprovidas de qualidades para serem idolatradas pelas massas, rascas promovidos por entre os básicos para lhes dar autoestima e pensarem que são superiores. Numa Madeira pejada de lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, instrumentalização do poder, etc, folheia-se propaganda política de projeção de outros seres que valem zero, mas são protegidos. Ninguém diz que a Madeira expulsou os melhores para a emigração porque os concursos são para amigos e os melhores da política foram eliminados pela alcateia de medíocres, ajudados pelo jornalismo.

O jornalista não é estúpido, acomoda-se, adapta-se, fala grosso quando lhe pisam os calos porque sente força para isso com a tremenda máquina de poder. O jornalista protege quem o paga e tudo vale como areia para os olhos, como ameaça de vigilância, como acusações usando os supervisores ou a lei que eles próprios não respeitam, tudo para cuidar do patrão que inviabiliza a notícia e o jornalismo. O jornalista que embarcou fica com os mesmos tiques do monstro. Acabado o processo anti-natura de servir o patrão e o poder, ele passou a ser "um dos nossos", de confiança para ter cargo e missão, para a negação da podridão, para o seu próprio salvamento porque se borrou e, como se viu, ninguém no continente confia em nada na Madeira, não se deixam contaminar com pontas de lança ou lanças em África. Já chega o juiz suspeito para isso nas conversinhas de café.

Havia muito para dizer, mas sei que o vosso tempo é curto. Por isso, chega o dia 24 de janeiro de 2024. Todos aqueles que confiavam na adulteração, manipulação, instrumentalização e ridicularização da democracia na Madeira ficaram sem pé, os mentirosos e os fake-news tinham razão, simplesmente assim tratados por estratégia de eliminação das ameaças pela enorme prole de dependentes. Afinal, a realidade virtual aumentada, o confinamento da autocracia no seio da Europa, a construção de "um país corrupto na placa africana" só tem sucesso se for deixado esquecido no Atlântico, só porque ninguém atura malcriados, sonsos, cínicos e de facadas nas costas. Afinal, a construção de um covil de criminosos com todos os instrumentos de fuga fiscal e de lavagem de dinheiro para uns e de enriquecimento ilícito subjugando um povo à ignorância, desinformação e pobreza pode ser desfeita.

Através da Justiça que funciona à margem de outra instrumentalizada e através do jornalismo isento, venha ele de onde vier, temos democracia e lei. Ninguém recebeu sentença e agora vêm os advogados a urdir porque há muito dinheiro para pagar, mas todos sabemos que isto tudo mentira não é.

Hoje, um jornal reaprendeu a fazer notícia, mesmo que comedido ao essencial e sem extrapolações. Aprendeu com um patrão preso que a sua relação é com a notícia para a população e não de bajulação ao poder. Um dia não faz efeito, mas se continuar estanca o definhar contínuo que o torna cada vez mais preso ao dinheiro sujo. A casa tem muito para limpar, modificando a postura da maioria dos jornalistas e mandando uns embora. Uma limpeza geral nos articulistas é urgente. Façam agora e ganhem tempo. O outro patrão é um espelho do que foi preso, vive de assistencialismo e concessões aberrantes.

Aqueles que eram anónimos cobardes nas redes sociais, sem a força do monstro modelador, usaram o que tinham por uma Madeira livre. Vida longa ao CM, imprescindível para a democracia, cuidado com as máfias que continuam a laborar para o silenciamento. Sabemos que se forem bem sucedidos fecham a válvula de escape e a autocracia terá novos e piores problemas. O povo deixará de ser sereno.

Parabéns às autoridades pelo seu trabalho de acabar esta exceção intragável.

Três vídeos para verem com tempo:

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
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