Q uase 9 anos depois de ter sido eleito, Miguel Albuquerque deixará de ser presidente do Governo Regional nos próximos dias. Se não se demitir antes, como exige o PAN, Miguel Albuquerque cairá através da moção de censura do CHEGA ou do PS, levando consigo a frágil maioria conseguida com apoio do CDS e do partido de Mónica Freitas.
Se voltar a apresentar-se a umas eleições antecipadas, Albuquerque terá uma derrota pesada, atirando pela primeira vez o PSD para a oposição.
Calado já nem conta para este campeonato, aguardando-se as medidas de coação que serão impostas nesta sexta-feira.
Que resta ao PSD? Encontrar alguém entre os seus quadros que tenha autoridade política e a confiança dos eleitores da Madeira para manter a actual maioria durante o máximo de tempo possível até devolver a palavra aos madeirenses em condições de voltar a ganhar eleições.
Aos olhos dos madeirenses, o PSD de Albuquerque e Calado é um partido ao serviço dos grupos económicos. Um partido manchado pela corrupção.
Subjugado a interesses ocultos, com dividendos ilícitos para os titulares de cargos públicos.
E será muito difícil apagar essa imagem.
Tem de encontrar entre os seus quadros quem se possa apresentar aos madeirenses com uma imagem limpa. Entre os nomes que circulam há os de dentro da atual conjuntura, como Pedro Ramos, Eduardo Jesus ou Pedro Coelho. Pedro Ramos é o secretário com maior aceitação junto da população, mas pode ser penalizado por ter aparecido ao lado de Albuquerque quando este falava aos jornalistas. Eduardo Jesus pode reclamar para si ter enfrentado o grupo Sousa em 2017. Pedro Coelho é uma incógnita.
De fora da situação há Sérgio Marques, que tem mais aceitação junto dos eleitores madeirenses do que no interior do partido, até por ter sido ele a denunciar a rede corruptiva, e Manuel António Correia, que desapareceu de cena os últimos anos.
Um dado é certo. A era Miguel Albuquerque acabou.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
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