O Marítimo terminou ontem a primeira volta da segunda liga, após a descida de divisão e em 6 meses o clube do Almirante Reis passou por momentos críticos com mudanças relevantes no que respeita ao futuro de um plantel que se assume como candidato à subida.
Após a descida de divisão, ainda sob o “reinado” de Rui Fontes, a SAD abriu as portas ao investimento mas, dado que o clube tinha os ativos patrimoniais “hipotecados” nas mãos do anterior presidente e sua "quadrilha", os investidores credíveis não se mostraram interessados e a única proposta veio do veterano jogador Alex que se assumiu como filantropo para o Marítimo, “água vai, água vem” no meio de confusões a proposta foi chumbada pela anterior direção, (...) a proposta era muito frágil para a realidade do Marítimo e demasiado boa para os ativos existentes e nestas coisas é como diz o povo “quando a esmola é muito o cego desconfia” mas também há quem diga que “o pior cego é aquele que não quer ver” e o filantropo seguiu para a Choupana e para a Camacha vender o “el dourado”.
Entre julho e setembro foi a SAD “Fontista” que se encarregou de preparar o plantel para a subida, apesar de uma inexistente pré-epoca, da enigmática saída do Diretor desportivo a equipa de Tulipa arrancou a todo o gás, venceu um derby escaldante e chegou a outubro em primeiro lugar.
Outubro foi o fim da guerra civil maritimista que se vivia há dois anos, por um lado tínhamos Fontes e as suas “tropas” e por outro Carlos Pereira e as suas tropas encabeçadas pelo atual presidente Carlos André.
Depois de dois pedidos de assembleias gerais destituitívas, de informação e contra informação, ataques pessoais e total descredibilização de Fontes e seus pares, eis que internamente o clube cede à pressão.
Fontes fica isolado e o clube vai a eleições com uma vitória arrebatadora das forças lideradas por Carlos André contra as de Carlos Batista.
Os vencedores, nos despojos da “guerra” e numa tentativa de serenar a oposição ofereceram um camarote aos derrotados numa tentativa de os calar, mas estes são como francelhos, atentos e ali mesmo ao lado vão observando a movimentação dos galináceos à espera do momento certo para meter as garras.
Fontes desapareceu do mapa e os caciques do Pereira deram início às suas funções com garantias de subida de divisão, promessas de uma renovação total do plantel pelas “mãos” de Danny, arrumam o Tulipa e apresentam o treinador “capitão Madeira” que veio para dar a subida a todos os sócios, amigos, adeptos e simpatizantes que se traduziram em vivas pelas redes sociais.
Nessa fase transitória, o CSM saia de uma derrota em Leiria, estava na 4 posição a 3 pontos do primeiro lugar e a equipa, que apesar de ser algo inconstante em casa era devastadora fora de portas e apresentava um futebol de contra-ataque com resultados positivos dentro daquilo que era o objectivo.
Hoje, finda que está a primeira volta o “capitão Madeira” operou muitas alterações em todos os jogos o que denota uma tentativa desesperada de consolidar o 11, mas perde constantemente o controlo do jogo chegando mesmo a demonstrar uma deficiente visão tática.
O seu melhor momento foi no jogo contra o Lank em que usou o 11 base, herdado de Tulipa, com uma alteração para uma postura atacante, resultou em pleno, no entanto foi tática abandonada.
O Marítimo termina a primeira volta afastado de uma posição de subida, não está a jogar um futebol eficaz, demonstra muitas fragilidades no tecido moral e ambicioso dos jogadores que se arrastam dentro de campo de uma forma totalmente aleatória, penosa, sem garra, prumo ou orientação.
A equipa piorou consideravelmente a sua prestação desde a entrada deste novo treinador, apesar de não ter derrotas na liga, o futebol praticado é demasiado precário para atingir o objetivo, que, neste momento só acontecerá se na segunda volta o CSM atingir 30 pontos. Uma missão dura e que necessita de alguns guerreiros novos nestas fileiras.
Danny já apresentou o primeiro reforço que entra para reforçar uma posição que está firme, mas que precisa de mais qualidade, fica a esperança dos adeptos que esta nova solução consolide as necessidades e que nos próximos 14 dias apareçam as prometidas contratações que irão tirar a corda do pescoço.
Outra estória longa é a dos ativos patrimoniais do CSM detidos pela SGPS de Carlos Pereira e da sua quadrilha, era assunto que ficaria resolvido em 5m conforme dito pelo próprio, no entanto segundo apurou o CM a SGPS exige que o CSM liquide as dividas contraídas no período em que deteve os referidos ativos, pondo isto por miúdos, Carlos Pereira devolve os terrenos e empresas ao Marítimo se o clube pagar as dividas que este contraiu na SGPS, dai o processo estar em “vias de” e ainda não concluído.
Este novo Marítimo passará ser dirigido por administradores executivos que vão exercer as suas funções a tempo inteiro, o que acontece pela primeira vez na história do clube e que se traduz em 3 dos dirigentes passarem a ter um ordenado mensal, sendo que o presidente ganhará cerca de 7000€, o Vice presidente cerca de 4000€ e o vogal cerca de 3500€, verbas que serão acrescidas de ajudas de custo nas deslocações oficiais da SAD que fará também a aquisição de um veiculo automóvel de luxo para as deslocações da direção executiva.
O início da segunda volta começa com o Derby que decidirá muita coisa, desde logo quem é a melhor equipa regional, depois será um passo em frente para o título de uma e um retrocesso de outra e por fim a grande prova de fogo desta direção.
Rui Fontes tem historial positivo no que respeita a Dérbis, em todos os jogos com o CDN em provas oficiais e não oficiais só tem vitórias, é aliás o único presidente do CSM que nunca sofreu uma derrota num derby (onde se inclui o União), veremos que “coroa” caberá a esta nova direção, que através do treinador já disse que a relva vai ser uma dificuldade para o jogo já que não está em condições.
Nesta segunda volta é preciso reforços, garra, ganhar, foco no objetivo, moral na equipa e o regresso à primeira divisão e em massa dos adeptos ao estádio, nos últimos jogos nota-se um vazio anormal nas bancadas e sem apoio os objetivos ficam mais longe, a responsabilidade pela subida é de todos os Maritimistas.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
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