![]() |
Cena de "Estado de Sítio" de Camus, uma alegoria da ocupação, da ditadura e do totalitarismo. |
Alguém desejou o
"quanto pior ... melhor"
e rebentou-lhe nas mãos.
C onfesso que deixei de ler jornais, porque há coisas que me revolvem o estômago, não são livres, as notícias têm sempre uma intenção política de destacar alguém, a governação, levar a água ao seu moinho. Na Madeira os jornais vivem o contrário do continente, mas é claro que isso não se diz, e muito jornalismo sujo na Madeira engrena nas narrativas de lá que em nada se encaixam aqui. Aqui não há jornalismo, há servilismo aos proprietários, ao Governo do MediaRam ou das publicidades pagas, dos amigos que podem facilitar alguma coisa, dos horrorosos comentadores que nada têm para dizer e só estão em causa própria a fazer política. Há comentadores em lugares credenciados que dá vontade para rir, sobretudo pelos assuntos que vão buscar, não exploram as suas áreas, tudo para estar presente para ninguém se esquecer deles, para o estado de graça e para contribuir para uma população cada vez mais estupidificada, alheia do que é verdadeiramente notícia. Os jornais fogem da notícia e os comentadores fogem do comentário.
Por exemplo, esta cidade do Funchal está uma desgraça para gente séria, mas o edil é intocável. A cidade está pior na gestão e no trato. Agora pegou moda ocupar vias dentro da cidade por causa das obras em prédios, elas passaram a estar à frente dos munícipes e do pulsar da cidade, que é antiga, não desenhada para tantos carros. É de loucos uma gestão que privilegia os carros e ocupa as vias ao mesmo tempo.
A cidade está mais drogada, mais criminal, mais violenta, mais ao sabor de indigentes que fazem o que lhes apetece, muito mais barulhenta, o furto é fruta da época, nada vem na monta da realidade nos jornais. O Presidente é um protegido levado ao colo para ser poder na Região, para mais uma era dos mesmos e da prole adjacentes.
O Funchal é "oficialmente" a cidade descrita por políticos que vivem nas penthouses da cidade, que conhecem a realidade dos eventos, muitas vezes promiscuídos com jornalistas satisfeitos por se fotografar com o poder. A cidade, vivida nos Savoy's, é seguríssima, nesse meio os assaltados são sempre os madeirenses, por todos os meios, até na inteligência. Até parece o único lugar da cidade e da Madeira, à força dos convidados, artistas e destacados, que assim são obrigados a dizer bem para alimentar a imagem do hotel e da cidade. Tudo fictício, tudo de pechisbeque, tudo na perspetiva Savoy.
Estamos numa era que se compara com outra, os jornais que antigamente mantinham insatisfação artificial do que parecia a totalidade dos munícipes para fins políticos, com esta agora que está muito pior mas nada se houve, ou é dos jornais ou é das pessoas falsas. Os jornais difundem a mensagem dos políticos do regime que lhes garantem o financiamento, alheios à realidade. Na Madeira só está pior na Ponta do Sol e em Santa Cruz, em Machico e no Porto Moniz, Santana também anda na berlinda, já estamos à espera do desplante. É por isso e muito mais que deixei de comprar jornais, eu quero ser informado e não sustentar propaganda.
Curiosamente ou felizmente, o antigo Presidente ainda anda por aí para as curvas, conseguiu manter a sua equipa unida e a chama sem poder nos dias de hoje é obra, e só através do Facebook vai dizendo as verdades, essa maldita rede social com tantos que dizem que o rei vai nu e esta região autónoma de superlativos também. Parabéns a todos os resistentes! Parece que não são só os antigos consumidores de jornais que se indignam, mas por entre os casos do dia, acidentes e incidentes podemos ver o Estado de Sítio da cidade do Funchal.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 6 de janeiro de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.