O Jornalismo livre paga o preço das adjudicações.


D esde 2021, a Câmara do Funchal adjudicou por ajuste direto ao DN (link) e JM (link) contratos no valor de 140 mil e 124 mil euros respetivamente. A “boa imprensa” de Pedro Calado não é obra do acaso. O munícipe paga estes 264 mil euros e muito mais. Só para viagens são mais de 600 mil nos tempos mais próximos!

As fotos são sempre perfeitas e escolhidas a dedo. O ângulo e o enquadramento não falham. De sorriso aberto em contacto com o público feminino e com os velhinhos pensionistas, com a pose de gestor quando fala com os amigos empresários e o ar circunspecto e de “lobo mau” quando é para falar do JPP que nos últimos tempos o tem tirado do sério à conta do investimento adiado do LIDL no Funchal. O jornalismo regional presta-se a isto, a esta vil e aviltante vassalagem ao poder.

Depois é o conteúdo das peças, normalmente laudatório da atuação, sempre genial, do genial Calado. Até quando inventa narrativas fantasiosas para “adormecer boi” como a de que o JPP é o inimigo do investimento do LIDL na Madeira. Todos se recordam da “boa vontade” da Câmara relativamente ao investimento da Cruz Vermelha. E os jornalistas alinham nestas fantasias de Calado, nunca questionando a veracidade dos delírios deste quequezito que governa a cidade.

Uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto, neste caso do extenuado edil funchalense, um politico que não conhece horários de trabalho e que acha, que tirando ele é tudo uma cambada de vadios que não querem trabalhar. Tomem lá funchalenses, nas trombas que nunca mais aprendem. O chicote no lombo é que é bom!

O preço da liberdade de informar está à distância de um clique. Ele é as adjudicações por ajuste direto ao JM e DN no portal base.gov, ele é o dinheirinho do Mediaram, generosamente despejado pelos suspeitos do costume, ele é o “Big Brother” acionista sempre atento ao jornalista que pisar ramo verde, secando qualquer tentativa de romper com a narrativa orquestrada. E depois temos os editoriais, os programas de rádio e TV, onde a narrativa do poder é sempre recordada. A transmissão da noite do mercado deste ano foi um exemplo sabujo de bajulação a Calado.

O andor de Pedro Calado vai continuar até tomar de assalto o PSD, partido liderado pelo inconsequente Albuquerque. Calado já está a amolar as facas, será uma espécie de “noite de cristal” regional que, dada a qualidade dos protagonistas será mais uma noite de vidro da loja dos 300 (escudos). Ave, Cæsar, morituri te salutant, traduzindo “Saudações César, os que vão morrer te saúdam”. Até tu Brutus!

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de janeiro de 2024
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