Avaliações a gosto do freguês.

 

P edro Nuno Santos, o atual Secretário-geral do Partido Socialista e provavelmente o novo primeiro ministro de Portugal é acusado de pagar 143 euros por ano de IMI de uma casa que custou mais de meio milhão de euros. 

Mas se Pedro Nuno Santos é socialista, hoje soube-se que o social-democrata Miguel Albuquerque paga 99 euros de IMI pelo imóvel de luxo em Ponta Delgada. Segundo consta este imóvel está avaliado em mais de 5 milhões de euros por uma imobiliária. Se o leitor mais distraído ainda não fez as contas, um dia de aluguer da “Casa del Mar” em Alojamento Local dá para o Miguel pagar IMI durante 5 anos. A propósito, ele paga impostos do negócio do  Alojamento Local?

Voltando à história do IMI. Será que Pedro Nuno Santos ou Miguel Albuquerque são criminosos e cometeram alguma ilegalidade? À luz da lei não! São cidadãos como todos os outros que pagam o IMI que os avaliadores da Autoridade Tributária determinam, ou seja, a haver ilegalidade quem devia ir preso seriam os avaliadores que, segundo parece, avaliam os imóveis a gosto do freguês.

Mas uma coisa é a ilegalidade, outra é a equidade e moralidade da justiça fiscal, e por isso nenhum destes dois politicos tem moralidade para exigir que todos os outros cidadãos paguem um imposto justo. 

Com tudo isto considera-se injusto que um cidadão que adquiriu um apartamento T2 usado no bairro da Nazaré pague mais de IMI que Miguel Albuquerque ou que um jovem que, através de um empréstimo, comprou um apartamento T2 de 200 mil euros em Camara de Lobos pague mais IMI que muitos daqueles que adquiriram um apartamento de 2 milhões euros na Urbanização do Dubai. 

O problema é que a maioria dos cidadãos não protesta o valor do IMI porque acham que estão a ser privilegiados porque todos pagam abaixo do valor que investiram. Nada mais enganador! Uma coisa é ter um imóvel avaliado em 50% do investimento outra é ter o imóvel avaliado em 0.01% do valor do imóvel como se ainda fosse um terreno de bananeiras.

Em modo de epílogo e como não há inocentes nesta história do IMI, soube-se por um “senhor das finanças” que Paulo Cafofo adquiriu um imóvel de mais de um milhão de euros. Todos temos direito à privacidade mas em nome imparcialidade fiscal, julgamos ser útil que este, como político, torne público se está isento ou quanto paga de IMI porque “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de fevereiro de 2024
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