Prezada Presidente Cristina Pedra - ainda há esqueletos e/ou dinheiro escondidos nos armários da CMF!
A ntes de mais, tenho de dar os meus parabéns ao Você por ter tomado posse como nova Presidente da CMF! É com muito entusiasmo que os funchalenses recebem uma presidente que é uma mulher. Se calhar, podemos finalmente ter um autarca que, em primeiro lugar, queira defender os interesses públicos e, em segundo lugar, os interesses dos empresários!? A realidade atual é que as expectativas por integridade, ética, transparência e respeito genuíno pelos direitos dos munícipes são mais exigentes do que nunca. Estamos todos fartíssimos de jogos de poder, pactos corruptos e arrogância.
Dito isto, fiquei espantada ao ler na média social sobre as declarações feitas por Sra. Presidente no fim de janeiro:
A nova presidente destacou que não existe «suspeita pendente sobre os vereadores em funções, nem tão pouco sobre esta autarquia. Que estamos, como sempre estivemos, disponíveis para colaborar com a justiça.
Eu tenho certeza que muita gente reagiu da mesma forma que eu em relação da “falta de suspeita sobre os vereadores em funções”; os projetos urbanísticos atualmente sob investigação pela DCIAP não procederam “em isolamento"; não foram concedidos alvarás de construção sem que a vereação estivesse envolvida. Mais especificamente, o Sr. Vereador do Urbanismo teve de colocar a sua assinatura para concessão, certo? E, muito provavelmente assinou por vontade própria, sem ser ameaçado…? Ao contrário, provavelmente assinou "no espírito de amizade" sabendo que entre amigos há sempre favores e benefícios. Sim, estou só a fazer especulações- não alegações- mas o cenário parece bem provável, não é verdade?
Aliás, basta ler o artigo publicado no CM no dia 29 de janeiro (link), sobre o licenciamento irregular do estabelecimento desportivo Centro de Padel & Lazer, para entender que o Sr. Vereador João Rodrigues não parece hesitar em assinar alvarás (de utilização nesse caso) sem fazer a apreciação prévia exigida num caso assim com tantas reclamações e sem verificar as condições verdadeiras (refiro-me a flagrante falta de insonorização e de um ensaio acústico idóneo). Sem ter em atenção que os promotores evidentemente já no ano anterior foram condenados em instalar isolamento sonoro em todo o lado…! Ao meu ver, tal licenciamento por parte da CMF consubstancia uma clara obstrução de justiça! Este atentado contra os princípios do Estado de Direito foi cometido pelo Sr. Vereador- não pelo Sr. Ex-presidente Calado - causando uma ação judicial com o fim de os moradores simplesmente poderem dormir e descansar. Para não mencionar o facto que a CMF aparentemente recusa dar acesso aos documentos que foram entregues para a concessão da licença. Vergonha para a CMF! Pergunta-se mesmo o que está a esconder???
Com todos os artigos publicados nos últimos dias, talvez o artigo mencionado passou despercebido, mas para mim os assuntos de ruído merecem sempre devida atenção. Leitura bem interessante dado que os moradores (estrangeiras?) eram vítimas não só de ruído, mas pelos vistos de algum “pacto entre amigos”…! Caramba, mais uma bomba atômica!
Na minha opinião humilde, a pergunta fulcral é: Se o Sr. Vereador licenciou a atividade ruidosa de padel num prédio tipo antiga oficina de carros/ armazém numa área com uso predominante de habitação (!), o que mais licenciou no Funchal???
Se calhar, o Sr. Rodrigues ao final das contas poderá simplesmente alegar incompetência?
Quantos mais munícipes terão de recorrer aos tribunais porque a CMF não quer fazer o trabalho que, de facto, é da sua competência e o seu dever?
A Sra. Presidente declarou que quer colaborar com a justiça. Ótimo! Então, a Prezada Sra. Presidente terá de estar preparada para enfrentar a realidade de que tudo não é o que parece. É altura de procurar dos esqueletos (e das notas de euro?) escondidos nos armários do Urbanismo!
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 3 de fevereiro de 2024
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