D epois de ver um porco a andar de bicicleta pensei que já tinha visto tudo! Isto a propósito de uma alegada publicidade do Diário a defender a Liberdade de Imprensa. Pior! A publicidade defende que uma eventual adesão dos clientes é uma maneira de garantir a referida liberdade.
Não faço a mínima ideia de quem são os responsáveis por tamanho atentado à inteligência mas, garantidamente, é a anedota do ano na Madeira. Gostava é que os atuais responsáveis do Diário me explicassem como é que o número dos leitores ou de assinantes são garantias da liberdade de imprensa no Diário quando, em caso algum, pode alterar a influência ou a vontade dos atuais acionistas.
A Publicidade enganosa é crime. Segundo a Lei 330/90, de 23 de outubro, nomeadamente o parágrafo 1 do seu Artigo 11º, é proibida toda a publicidade que seja enganosa nos termos do Decreto-Lei n.º 57/2008, de 26 de Março, relativo às práticas comerciais desleais das empresas nas relações com os consumidores, isto é, no mínimo, o Diário com esta publicidade está ludibriar o consumidor.
Não tenhamos ilusões, a imprensa em papel é cara para os objetivos que defende. Embora nos custe muito a admitir, a maldita internet trouxe as notícias ao telemóvel a um preço já incluído na tarifa do Operador. São os sinais do tempo que muitos tardam em admitir!
O outro fator da crise da Imprensa é o económico. Se 76 cêntimos possa ser considerado pouco porque nem paga o papel, depois de multiplicado por 365 dias dá qualquer coisa como 280 euros por ano. Para quem ainda não fez contas, duzentos e oitenta euros por ano dá para comprar 230 Kg de Arroz Carolino para matar a fome a muitos que o Diário ignora nas suas notícias felizes.
E se fizéssemos ao contrário? Porque é que o Diário não começa a mostrar independência no que continuamente filtra para depois pedir a adesão de leitores? Se calhar iam ter uma agradável surpresa!
Meus caros criativos do Diário, o melhor mesmo para aumentar as vendas e ficar com a consciência limpa é sortear pelos aderentes viagens de barco ao Porto Santo ou, em alternativa, uns sacos de cimento-cola para colar a boca aos que na Madeira ainda usam os neurónios.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 18 de março de 2024
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