Um fato às risquinhas

À margem da tomada de posse de Luís Montenegro, soubemos que Miguel Albuquerque falou com André Ventura sobre o provável apoio do CHEGA a um Governo PSD liderado por ele. Segundo consta, o PSD acredita que nem o CDS nem o PAN vão eleger qualquer deputado pelo que é melhor jogar pelo seguro.

As piores hipóteses apontam para uma maioria PS/JPP/BE - porque como se sabe, a CDU só faz pactos com o diabo - o que pode inviabilizar uma maioria parlamentar de suporte a um governo PSD, o que apenas com o apoio do CHEGA será possível governar.

 Se em Lisboa, o CHEGA anda a pedinchar por um lugar ao sol, aqui na Madeira mantém-se com um “Não é, não” antes das eleições, que todos sabemos, que se pode transformar num “Não, é Nim” depois de contados os votos. 

Segundo um conhecido bilhardeiro do PSD, as negociações estão difíceis porque o CHEGA exige pastas no Governo, ou seja, proporcional à percentagem de deputados. Pelo que transpirou, um negociador rato já colocou em cima da mesa das negociações a criação de mais duas secretarias para satisfazer o ego dos indigentes do CHEGA.

Como desta vez quem tem a faca e o queijo na mão é o CHEGA, era bom que ficasse tudo preto no branco, isto é, não vão alguns deputados do CHEGA, que ficarem sem tachos, passarem a independentes e lixarem tudo.

Entretanto, soubemos que a maioria dos ressabiados do PSD ainda não sabem em quem vão votar, mas votar no CHEGA ou no CDS é carta fora do baralho. Segundo um militante, que quis manter o anonimato para não ser exonerado, o mais provável é o voto branco ou nulo para mostrar o seu descontentamento sem prejudicar o partido.

O mesmo militante foi mais longe, afirmou que o Partido não tem culpa de ter sido tomado de assalto por um grupo de indigentes e até acredita que se o PSD passar quatro anos na oposição, pode ser uma lição de vida.  

Como “até ao lavar dos cestos é vindima” espera-se nos próximos tempos movimentações nos bastidores e acredita-se que uma lista de candidatos conciliadora seja uma solução aceite por todas as partes.

Não se ouve Manuel António, apesar de todos os atentados aos seus apoiantes.

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