N asci numa família que toda a vida votou no PSD, era daqueles que ia para o Largo do Chafariz pedir t-shirts e autocolantes. Após a maior idade, sempre fui influenciado a votar para o Alberto João, no entanto a política era coisa que me passava ao lado. Só após pegar no peso da vida é que comecei a ter consciência da importância da política e do quanto esta pode influenciar o nosso bem-estar. Depois de ter amadurecido o pensamento político e de ter analisado as várias correntes e de ter percebido onde se localiza cada força política, revi-me na área ideológica da social-democracia, por esta ser equilibrada e moderada nos seus ideais, indo de encontro ao meu pensamento político. Mas os meus critérios eleitorais vão além do espetro político onde me insiro e que entendo ter maior proximidade, pesando e valorizando muito os programas e as pessoas. Infelizmente temos uma classe de políticos doentes, sem carácter e sem escrúpulos e que tudo vale para se manterem no poder.
Você já parou para pensar, se toda esta realidade política que se vive na Madeira abatia-se sobre os nossos concidadãos açorianos?
Como é que olhava para os açorianos e para os Açores?
Como classificaria a classe política açoriana?
Sim, eles pensam de nós o mesmo que você pensaria deles.
Mas quero fazer um outro paralelismo a esse cenário. Estou certo, que tendo em conta a celeridade e agilidade de Albuquerque em apontar o dedo aos outros, o quão seria interessante a sua narrativa efervescente e a destemida postura para pedir cabeças roladas dos governantes açorianos, como fez com Costa!
Claramente não é nesta social-democracia podre que me revejo e que envergonham e enxovalham os madeirenses.
Era importante que cada eleitor percebesse o quanto é relevante o seu voto, e pudesse fazer a apreciação do que defende cada programa e o benefício que traz para as suas vidas e para a sua Região. Mas, sobretudo que olhassem para as pessoas que compõem essas listas, para os seus valores, honestidade, trabalho e perguntassem se não valeria a pena em dar o benefício da dúvida e escolher outras pessoas que pudessem limpar esta imagem da Madeira e nos transmitam mais confiança para resolver problemas do nosso dia a dia e que até hoje não passaram de promessas ocas para enganar os cidadãos.
Quero ainda deixar uma apreciação às forças e cabeças de lista dos 2 partidos que nos trouxeram até aqui porque também tiveram responsabilidades pela situação que nos estão a infringir.
Quanto ao CDS-PP, relativamente ao seu discurso e promessas, creio que na noite eleitoral de 2019 sofreram um acidente de viação e só agora saíram do estado de coma, é preciso muito cinismo e muita cara de pau.
Sobre o PAN e Mónica Freitas, é uma troca tintas, deixou tanta alma incrédula, fazendo tábua rasa dos valores que o seu partido defende.
Faço ainda uma análise das outras candidaturas, nomeadamente IL e CHEGA. Ambos são um conjunto de oportunistas, por não se coibirem de viabilizar um governo que leva cada vez mais à degradação dos Madeirenses, e da Madeira.
Uma palavra para o PS de Paulo Cafôfo, que para além da grande proximidade dos interesses instalados, atendendo às suas posições e ao que já disse, não transmite confiança nem credibilidade.
Mas quero e ainda, que de forma anónima, porque o 25 de abril ainda não chegou à Madeira, dizer em quem vou votar. Se pudesse votar em dois, votaria no PTP, porque a Raquel Coelho, pela sua luta e pela defesa dos interesses dos madeirenses, também merece estar no Hemiciclo Regional.
Mas como não posso, o meu voto vai para aqueles que têm feito um trabalho de fiscalização exemplar, que nunca nenhum partido usou fazer até hoje, o JPP e que justificam o dinheiro que ganham naquela assembleia. Um trabalho contínuo, difícil e até mesmo corajoso, e estou convicto que se não fosse a atitude desta força política, nunca chegaria ao conhecimento do povo muitos dos assuntos que lesam e prejudicam, gravemente, o dia a dia dos madeirenses e os abusos eram maiores.
Lembre-se que o dinheiro do erário publico é seu, dos seus impostos e tem de ser gerido de forma criteriosa, transparente e em benefício da população, porque em última instância é o seu dinheiro que está em causa, dinheiro que sai do seu bolso.
Uma última reflexão, já reparou como os nossos governantes estão bem e cada vez mais ricos? E você, acha que vive bem?
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