S e os 38.1% do PSD-Madeira (sem o CDS) na sondagem publicada no Diário não surpreende ninguém, o mesmo não se pode dizer dos 20.6% do PS-Madeira de Paulo Cafofo. Se compararmos os valores da sondagem no PS de agora com os do PS liderado por um inexperiente político como o Sérgio Gonçalves - que obteve 21.3% nas últimas eleições regionais - conclui-se que o fenómeno Cafofo está aquém das expetativas.
Para muitos os 38.1% do PSD até são um excelente número para alguém que é arguido em processos de corrupção e a primeira conclusão que se tira é que, pelos histórico dos casos acontecidos em Portugal, o eleitor já acha normal que os políticos sejam corruptos. Quem não se lembra de Isaltino Morais que foi condenado a sete anos de pena efetiva e que quando saiu foi reeleito presidente da Câmara de Oeiras?
A segunda conclusão que se tira é que o eleitor já não tem uma preferência ou uma escolha consciente e no fim opta por votar no menos mau seja ele quem for.
Nesse sentido, a primeira pergunta que se pode fazer é se o PSD-Madeira liderado por Manuel António teria muito mais do que 38%, ou seja, se o PSD-Madeira depende de um líder carismático e honesto ou se - seja ele quem for - tem sempre um mínimo de intenções de votos garantido.
Por falar em menos mau, corre nos corredores obscuros do poder, que caso o acordo com o CHEGA falhe, o PSD-Madeira já obteve o apoio de alguns deputados (as) independentes que lhe permitam governar com maioria. Sejamos realistas, com milhares de milhões de euros disponíveis no Jogo do Poder, o que são uns tostões por uma casita oferecida por um dos construtores do regime a um vendido?
Uma palavra de reconhecimento para os números da sondagem do JPP e do CHEGA que surpreenderam os mais distraídos. Os números do JPP justificam-se pelo reconhecimento da oposição que fez neste último mandato e dos CHEGA, sempre e apenas, pela figura inconveniente de André Ventura.
Para concluir. No próximo domingo não se esqueça de votar! Vote branco ou nulo, no melhor ou no menos mau, mas vote!
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